
A Câmara dos Deputados enviou um claro recado de insatisfação com a articulação política do governo Lula ao deixar a votação da medida provisória que reorganiza a estrutura dos ministérios para a última hora, correndo o risco de perder a validade.
De acordo com os deputados, o Executivo demora na liberação de emendas parlamentares, indicações de cargos políticos e falha no diálogo com eles. Durante a votação, o líder do partido União-BA expressou o desejo de derrotar o governo.
Após a aprovação, o presidente da Câmara, Arthur Lira, sinalizou que o governo enfrentará dificuldades na aprovação das próximas pautas governistas. As reclamações incluem a liberação de emendas, indicação de cargos, falta de recepção dos ministros aos deputados, a maioria dos ministérios sendo do PT, visitas aos estados sem aviso prévio, o governo contrariando o Congresso e as rusgas entre Arthur Lira e Renan Calheiros.
Parlamentares afirmam que as emendas parlamentares têm chegado em menor quantidade do que nos governos anteriores, e as indicações de cargos estão travadas na Casa Civil. Além disso, os ministros não têm recebido os deputados adequadamente, e a maioria dos ministérios é ocupada por políticos do PT ou partidos de esquerda.
Os deputados também reclamam que o governo contraria decisões tomadas pelo Congresso, o que causa atritos. As relações entre Arthur Lira e Renan Calheiros têm sido tensas, e vários parlamentares mostram solidariedade a Lira.



