
Lula precisará quebrar tendência de recuperação de Bolsonaro
O ex-presidente Lula lidera todos os levantamentos eleitorais na disputa pelo Palácio do Planalto. Em outubro ele tentará chegar pela terceira vez ao cargo mais alto do país, o que se configurará na sua sexta disputa presidencial. Apesar da liderança nos levantamentos, Lula tem o tabu a ser quebrado de que todos os presidentes que tentaram a reeleição lograram êxito na sua empreitada.
O presidente Jair Bolsonaro, em busca de seu segundo mandato, abriu a caixa de ferramentas do Planalto e conseguiu viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 600,00, reduziu o combustível, mais precisamente a gasolina para R$ 5,69 em média, e tem conquistado números interessantes na economia como a redução da inflação acumulada para próximo de um dígito e a redução do desemprego, números que alavancam o crescimento do PIB para próximo de três pontos percentuais.
Consultor de Bill Clinton na eleição presidencial americana de 1992, o economista e estrategista James Carville cravou a célebre frase: “É a economia, estupido!”, que ficou marcada para sempre em toda estratégia eleitoral, especialmente em disputas presidenciais.
A economia dando certo, como aparenta dar no Brasil, é um sinal de clara recuperação do projeto de reeleição de Jair Bolsonaro, e Lula, político experiente, já calejado pelos efeitos do Plano Real em 1994, que lhe tirou a presidência da República, precisará de um reposicionamento de discurso e de nova estratégia para quebrar a tendência de recuperação de Bolsonaro até a eleição em outubro.
Jurídicos – Na campanha eleitoral para governador, os candidatos possuem quadros de extrema relevância em sua equipe, a candidata Marília Arraes (SD) tem a assessoria dos renomados Walber Agra e Wadson Almeida, Danilo Cabral (PSB) conta com os experientes Leucio Lemos, Márcio Alves e André Coutinho, Miguel Coelho (UB) tem o ex-desembargador eleitoral Delmiro Campos Neto e Paulo Pinto, Raquel Lyra (PSDB) conta com Túlio Vilaça, que já lhe assessorou na prefeitura de Caruaru e Anderson Ferreira (PL) terá em sua equipe jurídica o advogado Eduardo Porto, sendo acompanhado de Paulo Maciel e Rafael Carneiro Leão. Todos possuem excelente know-how em direito eleitoral e deverão protagonizar uma disputa a parte nas petições junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.
Suplentes – Além de Silvio Costa como suplente de Teresa Leitão (PT), outros nomes da política pernambucana e do empresariado estarão na condição de suplentes dos demais candidatos a senador: Gilson Machado (PL) terá o deputado estadual Romário Dias como seu primeiro suplente, já André de Paula (PSD) terá o ex-prefeito de Petrolina, Julio Lossio, na sua chapa, Guilherme Coelho (PSDB), por sua vez, terá o empresário Fred Loyo, enquanto Carlos Andrade Lima (UB) terá Marcos Amaral.
Apoio – O deputado estadual Coronel Feitosa e o deputado federal André Ferreira, ambos do PL, receberam o apoio de Rogério Magalhães, 1° suplente de vereador do Recife. Magalhães, que obteve 4.635 votos na última eleição, chega para somar ao projeto dos bolsonaristas na capital pernambucana.
Inocente quer saber – O que Lula fará para evitar a uma recuperação mais forte de Bolsonaro na eleição?



