Moradores do Sítio Bananeira, em Quipapá, estão sendo pressionados pela vereadora Lurdinha de Baleia, pelo presidente da associação de moradores, João do Assentamento, e lideranças comunitárias a subscreverem um abaixo-assinado que autoriza o recebimento de água barrenta, imprópria para consumo. A articulação propõe que seja utilizada, como reservatório, uma caixa d’água já adquirida pela Prefeitura do município dentro de um projeto que retomará o abastecimento com água de qualidade, captada de um poço artesiano já perfurado.
O abaixo-assinado desrespeita a iniciativa do prefeito Alvinho Porto e politiza uma questão que envolve cidadania e põe em risco a saúde da população local. O prefeito informa que, diante da apropriação indevida do patrimônio público – a caixa d’água e o motor que garante o funcionamento do sistema de Bananeira – a gestão municipal prestou queixa à Polícia e já tomou as devidas medidas jurídicas.
De acordo com o prefeito, o novo sistema de abastecimento é necessário porque a fonte de onde a água era captada ficou com a qualidade comprometida em decorrência das cheias que ocorreram um junho na região.
“Abrimos um poço que oferece água com nível de pureza de fonte mineral. Estamos aguardando a chegada dos canos para fazer a ligação do poço até a caixa, viabilizando a retomada do abastecimento das casas dos moradores. Neste meio tempo a prefeitura está assegurando o abastecimento com carros-pipa”, afirma o prefeito.
De acordo com ele, a caixa d’água já adquirida faz parte do novo sistema. “É lamentável que opositores estejam mobilizando a população, indo de casa em casa para pressionar as pessoas a assinarem um documento que autoriza o uso da caixa para retomar o abastecimento com uma água que é lama pura. O mais grave nisso tudo é que os líderes do movimento, como revelam áudios gravados por moradores, estão ameaçando cortar os canos das casas de quem não assinar”, salienta Alvinho.
O prefeito diz que a mobilização da vereadora e do presidente da associação é uma afronta à saúde e a dignidade do povo de Bananeira. “A maioria dos moradores não quer mais o abastecimento da antiga fonte, uma vez que a água está comprovadamente inadequada para consumo, tanto que já vem provocando doenças”, frisa Alvinho Porto.
Ainda, segundo o prefeito, moradores informam, em reserva, que João do Assentamento está pressionando pelas assinaturas porque não quer perder o controle sobre a água nem sobre a taxa de energia que cada família paga mensalmente à associação para garantir o funcionamento do abastecimento. O valor vai de R$ 25,00 a R$ 30,00 e, conforme dizem moradores, o dinheiro não é fiscalizado e não se tem conhecimento da sua real aplicação.