Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 16:25 pm do dia 28 de maio de 2018 Deixe um comentário

O que está acontecendo com a gasolina?

O litro dos combustíveis, nos últimos meses— principalmente nos últimos dias — , sofreu uma variação repentina no seu preço. O valor do litro da gasolina saltou de uma média de R$ 3,55 em julho de 2017 para uma média de R$ 4,28 em maio de 2018 — podendo chegar a R$ 5,26 em algumas regiões. Um aumento médio de 20% em um período relativamente curto de tempo. Já o litro do diesel variou de R$ 2,97, em julho do ano passado, para R$ 3,56 em maio deste ano.

fonte: ANP

Tal volatilidade está relacionada com a nova política de preços instituída na Petrobras a partir de julho de 2017; essa política foi fixada sob justificativa de aumentar a competitividade da Petrobras no mercado global. Agora o litro dos combustíveis é reajustado mais rapidamente, de acordo com a variação do preço do barril de petróleo e a variação da taxa cambial. Com a instabilidade da moeda brasileira perante o dólar, e o aumento do preço do barril de petróleo no mercado internacional, a elevação do preço da gasolina e seus derivados é normal e, aliás, é até esperada.

fonte: Fusion Media

A nova política de preços implementada ajuda a evitar a interferência política na estatal, ou seja, evita que o governo federal imponha medidas administrativas que visem retardar ajustes de mercado. O governo Dilma — por exemplo — impondo medidas administrativas, controlou artificialmente os preços dos combustíveis, gerando um prejuízo à Petrobras de R$ 55 bilhões em 2014.

Ao analisarmos os gráficos, podemos perceber que a variação do preço do barril de petróleo começou a perturbar efetivamente o preço dos combustíveis em dezembro de 2016. Entretanto, haja vista a nova política de preços, a influência entre o aumento do preço do barril de petróleo e o aumento dos combustíveis é mais evidente a partir de julho de 2017.

Conclusões:

Como é amplamente sabido, o Brasil passa por uma intensa crise fiscal. Ou seja, o governo federal gasta mais do que arrecada com impostos. Portanto, qualquer medida populista de controle de preços ou subsídio de combustíveis — se não houver a devida compensação tributária ou corte de gastos públicos — pode ser extremamente danosa à economia nacional.

Qualquer medida estatal deve ser muito bem estruturada para que ela não corroa as contas públicas. A responsabilidade fiscal é um pré-requisito para o desenvolvimento econômico sustentável e de longo prazo, e deve ser sempre preservada.

Haja vista essa crise, seria viável propor o investimento em bens que substituam combustíveis fósseis. O preço do etanol, por exemplo, permaneceu estável ao longo do período em que a gasolina e o diesel tiveram seus preços elevados. A média do preço do Etanol, em Jan/2016, era de R$ 2,70; agora, em Mai/2018, o preço médio é de R$ 2,80, uma variação muito menor que a dos combustíveis fósseis.

Informações complementares:

Se o Brasil é autossuficiente em petróleo, por que precisamos importá-lo?

O Brasil é autossuficiente em petróleo, entretanto, grande parte do petróleo brasileiro é de péssima qualidade, o que torna economicamente inviável a sua transformação em gasolina e derivados. Portanto, dependemos do mercado internacional para nos fornecerem o petróleo bruto e de boa qualidade, que será refinado e transformado em: gasolina, diesel e gás natural.

A gasolina brasileira é a mais cara do mundo?

A gasolina brasileira não é a mais cara do mundo, na Alemanha o preço do litro é muito mais elevado. Entretanto, se considerarmos a renda média de ambos os países, ao encher um tanque de combustível de 50 litros: na Alemanha, o valor ocupa apenas 3% da renda média; já no Brasil, o valor chega a 20% da renda média. Ou seja, a sensibilidade do brasileiro médio para uma variação no preço do combustível é muito maior que na Alemanha.

Por que os caminhoneiros não repassam o valor do aumento do combustível para o valor do frete?

Isso não é possível, pois há uma grande oferta de caminhoneiros. Quando há muita oferta de um serviço, o valor desse serviço tende a abaixar. Ou seja, há tantos caminhoneiros no Brasil, que o valor do frete fica extremamente baixo e, mesmo se alguns se recusarem a fazer o serviço, haverá outros dispostos a fazê-lo. A volatilidade do preço do litro do óleo diesel também impede um ajuste fidedigno do valor do frete pelos caminhoneiros que, a cada abastecimento, acaba perdendo o valor do frete acordado com os produtores.


Rodrigo Moses Plácido é estudante de Administração na Universidade de Brasília (UnB) e Coordenador Local do Students For Liberty Brasil.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: Rodrigo Plácido

Postado por Edmar Lyra às 7:48 am do dia 23 de maio de 2018 1 comentário

Uma solução necessária

Primeiramente, não estou aqui para defender qualquer tipo de método de gestão administrativa, muito menos defender perspectivas ideológicas ou visões de mundo. Parto do princípio que os números referentes ao orçamento da União, bem como ao orçamento da UnB, estão dados e são inflexíveis. Portanto, busco fazer uma análise crítica; se os números estão dados e são inflexíveis, resta apenas a alocação racional dos recursos, tanto da União quanto da Universidade de Brasília.

A Universidade de Brasília é uma entidade autárquica de nível federal; ou seja, por ser uma autarquia, ela tem autonomia de gestão, por ser de nível federal, grande parte dos seus recursos são oriundos da União. Se grande parte dos recursos da UnB são provenientes da União, é possível inferir que a situação fiscal da União incide sob o orçamento da UnB. Ou seja, se a situação financeira da União é superavitária, o orçamento da UnB tende a estabilidade. Entretanto, se a situação financeira da União é deficitária, o orçamento da UnB tende a instabilidade.

Como é amplamente sabido, a situação financeira da União está precária. Os gastos públicos superam a arrecadação de impostos, o que afeta a inflação e a incidência de juros sobre o déficit público. Como concluído anteriormente, se a situação fiscal da União é deficitária, há menos recursos financeiros a serem realocados, portanto alguns setores acabam sofrendo com a diminuição dos recursos distribuídos pela União, que é o caso de muitas Universidades Federais — incluindo a própria UnB.

Fonte: NexoJornal

Como pode ser observado no gráfico, a situação financeira nacional degringolou em 2014, com queda crescente nos anos posteriores. Portanto, é possível concluir que a diminuição dos recursos distribuídos entre as variadas entidades federativas iniciaram-se a partir deste momento.

Mas como é determinada a distribuição dos recursos auferidos pela União? Primeiramente, quando um presidente eleito assume o poder executivo, sua equipe econômica deve propor um planejamento financeiro para o período do mandato, ou seja, quatro anos. Esse planejamento se chama Plano Plurianual (PPA) e deve ser aprovado pelo poder Legislativo. Tendo o PPA aprovado, é proposto — também pelo poder executivo — a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que tem como função estabelecer as prioridades que irão direcionar o orçamento da União. Por fim, temos a Lei Orçamentária Anual (LOA), que tem como incumbência a efetividade do direcionamento dos recursos da União.

A LOA é um planejamento financeiro que indica quanto e onde gastar o dinheiro público federal no período de um ano, com base no valor total arrecadado de impostos. A proposta é formulada pelo poder executivo e, posteriormente, sendo alterada e aprovada pelo poder Legislativo, da mesma forma que as demais leis orçamentárias —seja de nível federal, estadual, distrital ou municipal.

Tendo ciência que situação fiscal da União colapsou em 2014 e que a distribuição dos recursos federais é proposto pelo presidente em exercício e deve ser aprovado pelo Congresso Nacional, para efetividade da lei. Por fim, vamos analisar a situação financeira da Universidade de Brasília.

Fonte: https://rgellery.blogspot.com.br

Ao analisar o gráfico, podemos perceber a evolução do orçamento total — em roxo — da Universidade, bem como suas despesas — em azul, verde e laranja. Os valores desse diagrama, como bem posto pelo seu formulador— o prof. Roberto Ellery — em seu blog pessoal, foram corrigidos pela inflação; pois, só assim saberemos a real paridade de compra nos anos corridos.

Como podemos observar, o orçamento total da UnB começou a diminuir em 2015, ou seja, no ano seguinte ao primeiro déficit nas contas públicas federais. Desse modo, é impossível propor uma relação de causalidade responsabilizando a PEC 241 — referente ao teto de gastos, somente aprovada em 2017 e posta em exercício em 2018 — como causa da redução dos recursos auferidos pela UnB. Aliás, a causa mais provável para essa redução é a própria crise fiscal da União.

Tendo conhecimento que a crise orçamentária da Universidade de Brasília é somente mais um desdobramento da crise fiscal da União, é perfeitamente compreensível o ajuste financeiro que deve ser feito pela própria gestão financeira da UnB.

Ainda analisando o gráfico, podemos perceber que o setor que mais consome o orçamento é o de Pessoal, Encargos Sociais e Benefícios. Nele estão as despesas referentes ao corpo docente e técnicos-administrativos, ativos e aposentados. Essa aumento constante, de um ano para outro, pode ser justificado pelo programa de Reestruturação e Expansão das Universidade Federais (REUNI), iniciado em 2008.

Em 2008, até então — apesar da crise financeira internacional — , vivenciávamos um período econômico bastante estável. Haja vista essa estabilidade financeira, era oportuno instituir um projeto federal de expansão universitária.

Entretanto, nem sempre a estabilidade financeira se perpetua. Desconsiderar essa variável é negligenciar o futuro e a efetividade do projeto. Especificamente na UnB, a maioria dos projetos de expansão foram concluídos; novas vagas foram abertas; novos professores foram contratados; e, com isso, o gasto com Pessoal, Encargos Sociais e Benefícios, também foi expandido.

Atualmente, o gasto com Pessoal consome aproximadamente 84% do orçamento anual da UnB. Há duas notícias, uma boa e outra ruim; como observado pelo Prof. Roberto Ellery, aparentemente há uma tendência desse gasto se estabilizar nos próximos anos. Entretanto, irá estabilizar-se num nível muito elevado.

Fonte: https://rgellery.blogspot.com.br

Destarte, podemos concluir que a responsabilidade da crise fiscal da UnB não é da atual gestão da reitoria; bem como, não é responsabilidade do atual governo federal. A responsabilidade é da má gestão dos recursos públicos nos governos federais passados, que gastaram o que não podiam gastar e expandiram os gastos sem a cautela necessária.

RODRIGO MOSES PLÁCIDO

COORDENADOR EM BRASÍLIA DO STUDENTS FOR LIBERTY – CURSA ADMINISTRAÇÃO NA UNB E MEMBRO DA JUVENTUDE DO PSD/DF

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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