A vice-governadora eleita, Priscila Krause, apresentou um relatório da transição governamental com cara de habeas-corpus preventivo.
Caindo na real da enorme diferença entre ser oposição e gerir um estado, a vice-governadora que tanto criticou o valor do IPVA em Pernambuco já declarou que não vai baixar a alíquota do imposto.
Essa e outras promessas de campanha já foram deixadas de lado e a tentativa agora é dizer que o estado está desarrumado financeiramente. Uma desculpa adiantada para justificar a falta de norte num administração que nem começou.
O fato do custo completo de uma obra não estar explícito no orçamento do ano seguinte, não quer dizer que não há recursos para finaliza-la. Isso já foi pacificado pelo TCE no caso concreto da ampliação do Presídio do Curado. Se o exercício financeiro atual deixar dinheiro em caixa suficiente para as obras não contempladas da previsão orçamentária não há qualquer irregularidade.
Dessa forma, como Paulo Câmara vai encerrar sua gestão deixando R$ 3 bilhões em caixa e mais R$ 3,4 bilhões em operações financeiras pré-aprovadas, com aval da União, resta claro que o suposto “rombo” de R$ 1,5 bilhão existe apenas no mundo de quem tem má-fé ou desconhece o que é um balanço financeiro.
Começou mal.
Rodrigo Farias. Deputado estadual eleito pelo PSB.
