O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, vem sendo criticado pela publicação polêmica em que ironiza o sotaque chinês enquanto insinua que o país asiático tem intenções econômicas na pandemia do novo Coronavírus. Uma das críticas veio do deputado estadual Professor Paulo Dutra (PSB), vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura da ALEPE, que fez comentários em suas redes sociais.
“O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, fomentou mais uma polêmica desnecessária. Ao fazer uma publicação de cunho racista contra a China, utilizando-se de uma linguagem irônica e que ridiculariza o sotaque chinês, o titular do MEC mostra mais uma vez que pouco tem a oferecer à educação brasileira, preferindo criar uma crise diplomática entre os dois países do que pensar soluções para amenizar os impactos da quarentena na educação durante este período e após o mesmo”, disse o parlamentar, que durante dez anos (2008-2018) foi secretário executivo de educação em Pernambuco.
Dutra enfatizou que o mandatário do MEC deveria estar pensando em saídas para uma outra crise que pode se instalar na educação brasileira após a pandemia, caso um novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB não seja aprovado, o que reduzirá drasticamente o financiamento da educação básica nos municípios. “Weintraub poderia dedicar seu tempo e suas energias esforçando-se pela garantia de um novo FUNDEB, que teve sua tramitação paralisada no Congresso Nacional por conta da crise”, disse.
O repúdio do deputado foi apoiado por seus seguidores nas redes sociais, que lamentaram a postura do ministro. “Lamentável que tenhamos à frente da educação alguém com esse tipo de postura”, dizia um dos comentários.
“Exigimos que o MEC volte a ser uma pasta séria e centrada no desenvolvimento educacional do nosso país, tendo o dever de ser um espelho para a atuação de outros ministérios”, finalizou o deputado Professor Paulo Dutra em sua publicação.
A publicação de Abraham Weintraub, já apagada de suas redes sociais, foi classificada como “absurda” e “desprezível” pela Embaixada Chinesa no Brasil. A nota divulgada pela embaixada diz ainda que o conteúdo causou “influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”. Por sua vez, em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta segunda (06), o ministro sustentou a polêmica dizendo que apenas pedirá desculpas à China se o país asiático vender mil respiradores mecânicos para o MEC.
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