Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 1:36 am do dia 27 de outubro de 2014 Deixe um comentário

Aécio deseja sucesso a Dilma e diz que prioridade é unir o Brasil

Derrotado na disputa para a Presidência da República, o candidato do PSDB, Aécio Neves, afirmou neste domingo (26) que ligou para a presidente reeleita Dilma Rousseff, do PT, para desejar sucesso no novo mandato e que “a maior de todas as prioridades é unir o Brasil”.

“Cumprimentei agora há pouco, por telefone, a presidente reeleita e desejei a ela sucesso na condução de seu próximo governo. E ressaltei que considero que a maior de todas as prioridades deve ser unir o Brasil em torno de um projeto honrado e que dignifique a todos os brasileiros”, afirmou.

Em pronunciamento em Belo Horizonte, o tucano também agradeceu a seus eleitores, “mais de 50 milhões de brasileiros que apontaram o caminho da mudança”, disse.

Ao finalizar sua declaração, Aécio citou o apóstolo São Paulo, dizendo que combateu “o bom combate”. “Mais vivo do nunca, mais sonhador do que nunca, eu deixo essa campanha ao final com o sentimento de que cumprimentos nosso papel. Combati o bom combate, cumpri minha missão, e guardei a fé. Muito obrigado a todos os brasileiros”, concluiu.

De acordo com um policial militar que acompanhou a movimentação, cerca de 300 apoiadores e eleitores de Aécio Neves estiveram em frente e dentro do hotel, onde o candidato fez seu pronunciamento de encerramento de campanha.

Eles gritavam palavras de ordem e de apoio a Aécio, como “Aécio não desista” e “Aécio guerreiro, orgulho brasileiro”. Os militantes também hostilizaram Dilma, gritando “Fora Dilma”, além de ofensas. Apesar da derrota, foi um clima tranquilo, sem a presença de militantes do PT. Depois que o senador Aécio Neves deixou o hotel, a multidão se dispersou.

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Postado por Edmar Lyra às 20:52 pm do dia 26 de outubro de 2014 Deixe um comentário

Pezão é eleito e segue no poder no Rio de Janeiro

O atual governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), foi eleito neste domingo. Com 92% das urnas apuradas, o candidato peemedebista somava 56,16% dos votos válidos do Estado. O senador Marcelo Crivella (PRB) terminava a disputa pelo governo do Rio com 43,84% dos votos válidos.

Com quatro candidatos competitivos no início da campanha, o pleito fluminense foi um dos mais concorridos do país. Pezão, que assumiu o governo após a renúncia de Sergio Cabral, em abril deste ano, ocupava a terceira posição nas pesquisas de opinião em meados de agosto.

No segundo turno, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o senador Lindbergh Farias (PT), candidatos derrotados que somaram 29,73% dos votos válidos no primeiro pleito, apoiaram Crivella. Com a vitória de Pezão, o senador do PRB acumula a quarta derrota em disputas por um cargo executivo — duas para governador do Rio, em 2006 e 2014, e duas para prefeito da capital fluminense, em 2004 e 2008.

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Postado por Edmar Lyra às 20:39 pm do dia 26 de outubro de 2014 Deixe um comentário

Marconi Perillo é reeleito em Goiás

Marconi Perillo, do PSDB, venceu o segundo turno goiano e terá direito a um novo mandato.

O tucano alcançou 57,5% dos votos quando quase 95% das urnas já haviam sido apuradas. Iris Rezende, do PMDB, anotava 42,5%.

A abstenção em Goiás rompeu 21,4%, o segundo maior da região Centro-Oeste.

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Postado por Edmar Lyra às 19:46 pm do dia 26 de outubro de 2014 Deixe um comentário

Rodrigo Rollemberg, do PSB, é eleito governador do Distrito Federal

O candidato Rodrigo Rollemberg, do PSB, é o novo governador do Distrito Federal. O resultado foi anunciado às 17h37 deste domingo pelo Tribunal Superior Eleitoral, com 93% das urnas apuradas. Rollemberg registrava 55,56% dos votos válidos, contra 44,44% de Jofran Frejat (PR), que não poderia mais alcançá-lo. Com o resultado, Rollemberg foi o primeiro governador eleito no segundo turno.

O novo vice-governador será Renato Santana, que já foi administrador regional de Ceilândia e secretário de Governo. Santana é secretário-geral do PSD no DF.

Foi a segunda disputa de Rollemberg ao governo da capital. Em 2002, o candidato conseguiu apenas 6,79% e ficou na quarta colocação – o pleito foi vencido por Joaquim Roriz.

Rollemberg assumiu a liderança da disputa para o Palácio do Buriti na reta final do primeiro turno, após a renúncia da candidatura de José Roberto Arruda (PR). Na primeira rodada de votação, atingiu 45,23% dos votos e disputou todo o segundo turno à frente nas pesquisas de intenção de voto.
A disputa inicial envolvia seis candidatos. Além de Rollemberg e Frejat, tentavam a eleição o atual governador Agnelo Queiroz (PT), Luiz Pitiman (PSDB), Toninho (PSOL) e Perci Marrara (PCO).

Biografia

O senador Rodrigo Rollemberg nasceu no Rio de Janeiro em 13 de julho de 1959. Na capital federal desde que tinha 1 ano, o candidato do PSB é formado em história pela Universidade de Brasília (UnB) e está filiado ao partido desde 1985.

Eleito deputado distrital em 1995, assumiu a Secretaria de Turismo do governo de Cristovam Buarque no ano seguinte. Concorreu ao Buriti pela primeira vez em 2002.

Em 2004, foi nomeado secretário nacional de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia, no governo Lula. Rollemberg foi eleito deputado federal em 2006. Depois do primeiro mandato, se candidatou a senador em 2010 e também foi eleito.

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Postado por Edmar Lyra às 20:44 pm do dia 25 de outubro de 2014 Deixe um comentário

Datafolha/votos válidos: Dilma, 52%; Aécio, 48%

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (25) aponta os seguintes percentuais de votos válidos no segundo turno da corrida para a Presidência da República:
– Dilma Rousseff (PT): 52%
– Aécio Neves (PSDB): 48%
Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal ‘Folha de S.Paulo’.

De acordo com o Datafolha, a presidente Dilma Rousseff (PT) chega à véspera da votação empatada tecnicamente com seu adversário, Aécio Neves (PSDB). Mas, segundo o instituto, ‘é maior a probabilidade de Dilma estar à frente’.

No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 23, Dilma tinha 53%, e Aécio, 47%.

Votos totais
Se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa estimulada são:

– Dilma Rousseff (PT): 47%
– Aécio Neves (PSDB): 43%
– Em branco/nulo/nenhum: 5%
– Não sabe: 5%

Os dois candidatos estão tecnicamente empatados dentro do limite da margem de erro.

O Datafolha ouviu 19.318 eleitores em 400 municípios nos dias 24 e 25 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01210/2014.

Certeza do voto
O Datafolha também perguntou, entre os dois candidatos, em quem os eleitores votariam com certeza, em quem talvez votassem e em qual não votariam de jeito nenhum. Veja os números:

Dilma
46% – votariam com certeza
14% – talvez votassem
38% – não votariam de jeito nenhum
1% – não sabe

Aécio
41% – votariam com certeza
16% – talvez votassem
41% – não votariam de jeito nenhum
2% – não sabem

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Postado por Edmar Lyra às 20:43 pm do dia 25 de outubro de 2014 Deixe um comentário

Ibope/Votos válidos: Dilma, 53%; Aécio, 47%

Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (25) aponta os seguintes percentuais de votos válidos no segundo turno da corrida para a Presidência da República:
– Dilma Rousseff (PT): 53%
– Aécio Neves (PSDB): 47%
Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 23, Dilma Votos totais
Se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa estimulada são:

– Dilma Rousseff (PT): 49%
– Aécio Neves (PSDB): 43%
– Branco/nulo: 5%
– Não sabe/não respondeu: 3%

O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 206 municípios nos dias 24 e 25 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01195/2014.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 25 de outubro de 2014 1 comentário

Coluna do blog deste sábado

Aécio Neves, no estilo Alemanha, vence o debate da Globo

Na Copa do Mundo o Brasil almejava o hexacampeonato e viu seus planos serem estragados por uma sonora goleada sofrida para a Alemanha, quando perdemos por 7×1 com a casa cheia de brasileiros. A goleada sofrida para a Alemanha entrou para a história do futebol mundial.

No debate da Globo de ontem, com uma audiência média de 30 pontos percentuais, Aécio Neves obteve um desempenho muito parecido com os atuais campeões do mundo naquele fatídico jogo, enquanto Dilma lembrou a seleção brasileira.

Aécio Neves foi seguro do início ao fim. Tinha dados do país na ponta da língua, fazendo perguntas extremamente pertinentes e condizentes com a realidade do Brasil. Por várias vezes deu um banho na candidata do PT, deixando-a completamente perdida.

Pela audiência é possível que o reflexo do debate seja visto nas pesquisas do Datafolha e do Ibope que serão divulgadas hoje. Além do contingente de indecisos, existem aqueles que se dizem votar num candidato mas não têm confiança no voto, que a qualquer momento podem mudar.

Como foi cerca de trinta pontos de audiência, a diferença de Dilma para Aécio que está em oito pontos no Ibope e seis pontos no Datafolha pode ser reduzida para dentro da margem de erro. O que naturalmente deixa o jogo praticamente zerado para amanhã.

Aécio conseguiu fazer a sua melhor apresentação em todos os debates desta eleição. Enquanto Dilma patinou fortemente e sua postura pode ter custado a sua reeleição.

Cenas finais serão vistas na noite de amanhã. Aguardemos então!

Editora Abril – A militância do PT destruiu a sede da Editora Abril, responsável pela Revista Veja. A ação criminosa precisa ser investigada e punida pelos órgãos competentes.

Paulo Câmara – O governador Paulo Câmara foi um dos convidados do candidato Aécio Neves para o debate da Globo de ontem. Isso mostra que ele está com prestígio com o candidato, que se vier a ser eleito, dispensará tratamento diferenciado a Pernambuco.

Dilma Rousseff – Um dos pontos altos do debate foi quando Dilma mandou uma economista que estava reclamando da falta de emprego ir se capacitar no Senai.

Sensus – O instituto Sensus vem mostrando pesquisas destoantes dos gigantes Datafolha e Ibope. Ele afirma que Aécio Neves seria eleito com oito pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff.

RÁPIDAS

Fernando Bezerra Coelho – Caso Dilma seja reeleita, ficará a critério do senador Fernando Bezerra Coelho fazer a ponte entre o governo de Pernambuco e o governo federal. FBC possui grande respeito da presidente Dilma por ter sido seu ministro da integração nacional.

Incoerência – Além de votar no PT, partido que o PSOL gosta de combater, o deputado Edilson Silva faz campanha aberta pra Dilma Rousseff em Pernambuco. Logo Edilson que parecia ser uma alternativa diferenciada da política no estado.

Inocente quer saber – Se Aécio Neves vencer a eleição, Ibope e Datafolha merecem ser fechados?

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Postado por Edmar Lyra às 23:01 pm do dia 24 de outubro de 2014 Deixe um comentário

Youssef: “O Planalto sabia de de tudo!” Delegado: “Quem do Planalto?” Youssef: “Lula e Dilma”

A Carta ao Leitor desta edição termina com uma observação altamente relevante a respeito do dever jornalístico de publicar a reportagem a seguir às vésperas da votação em segundo turno das eleições presidenciais: “Basta imaginar a temeridade que seria não publicá-la para avaliar a gravidade e a necessidade do cumprimento desse dever”. VEJA não publica reportagens com a intenção de diminuir ou aumentar as chances de vitória desse ou daquele candidato. VEJA publica fatos com o objetivo de aumentar o grau de informação de seus leitores sobre eventos relevantes, que, como se sabe, não escolhem o momento para acontecer. Os episódios narrados nesta reportagem foram relatados por seu autor, o doleiro Alberto Youssef, e anexados a seu processo de delação premiada. Cedo ou tarde os depoimentos de Youssef virão a público em seu trajeto na Justiça rumo ao Supremo Tribunal Federal (STF), foro adequado para o julgamento de parlamentares e autoridades citados por ele e contra os quais garantiu às autoridades ter provas. Só então se poderá ter certeza jurídica de que as pessoas acusadas são ou não culpadas.

Na última terça-feira, o doleiro Alberto Youssef entrou na sala de interrogatórios da Polícia Federal em Curitiba para prestar mais um depoimento em seu processo de delação premiada. Como faz desde o dia 29 de setembro, sentou-se ao lado de seu advogado, colocou os braços sobre a mesa, olhou para a câmera posicionada à sua frente e se pôs à disposição das autoridades para contar tudo o que fez, viu e ouviu enquanto comandou um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar 10 bilhões de reais. A temporada na cadeia produziu mudanças profundas em Youssef. Encarcerado des­de março, o doleiro está bem mais magro, tem o rosto pálido, a cabeça raspada e não cultiva mais a barba. O estado de espírito também é outro. Antes afeito às sombras e ao silêncio, Youssef mostra desassombro para denunciar, apontar e distribuir responsabilidades na camarilha que assaltou durante quase uma década os cofres da Petrobras. Com a autoridade de quem atuava como o banco clandestino do esquema, ele adicionou novos personagens à trama criminosa, que agora atinge o topo da República.

Comparsa de Youssef na pilhagem da maior empresa brasileira, o ex-diretor Paulo Roberto Costa já declarara aos policiais e procuradores que nos governos do PT a estatal foi usada para financiar as campanhas do partido e comprar a fidelidade de legendas aliadas. Parte da lista de corrompidos já veio a público. Faltava clarear o lado dos corruptores. Na ter­ça-feira, Youssef apre­sentou o pon­­to até agora mais “estarrecedor” — para usar uma expressão cara à pre­sidente Dilma Rous­seff — de sua delação premiada. Perguntado sobre o nível de comprometimento de autoridades no esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro foi taxativo:

— O Planalto sabia de tudo!

— Mas quem no Planalto? — perguntou o delegado.

— Lula e Dilma — respondeu o doleiro.

Para conseguir os benefícios de um acordo de delação premiada, o criminoso atrai para si o ônus da prova. É de seu interesse, portanto, que não falsifique os fatos. Essa é a regra que Yous­sef aceitou. O doleiro não apresentou — e nem lhe foram pedidas — provas do que disse. Por enquanto, nesta fase do processo, o que mais interessa aos delegados é ter certeza de que o de­poente atuou diretamente ou pelo menos presenciou ilegalidades. Ou seja, querem estar certos de que não lidam com um fabulador ou alguém interessado apenas em ganhar tempo for­necendo pistas falsas e fazendo acu­sações ao léu. Youssef está se saindo bem e, a exemplo do que se passou com Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras, tudo indica que seu processo de delação premiada será homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, ele aumentou de cerca de trinta para cinquenta o número de políticos e autoridades que se valiam da corrupção na Petrobras para financiar suas campanhas eleitorais. Aos investigadores, Youssef detalhou seu papel de caixa do esquema, sua rotina de visitas aos gabinetes poderosos no Executivo e no Legislativo para tratar, em bom português, das operações de lavagem de dinheiro sujo obtido em transações tenebrosas na estatal. Cabia a ele expatriar e trazer de volta o dinheiro quando os envolvidos precisassem.

Uma vez feito o acordo, Youssef terá de entregar o que prometeu na fa­se atual da investigação. Ele já con­tou que pagava em nome do PT mesadas de 100 000 a 150 000 reais a ­parlamentares aliados ao partido no Congresso. Citou nominalmente a ex-mi­nistra da Casa Civil Gleisi Hoff­mann, a quem ele teria repassado 1 mi­lhão de reais em 2010. Youssef disse que o dinheiro foi entregue em um shopping de Curitiba. A senadora ne­gou ter sido beneficiada.

Entre as muitas outras histórias consideradas convincentes pelos investigadores e que ajudam a determinar a alta posição do doleiro no esquema — e, consequentemente, sua relevância pa­ra a investigação —, estão lembranças de discussões telefônicas entre Lula e o ex-deputado José Janene, à época líder do PP, sobre a nomeação de operadores do partido para cargos estratégicos do governo. Youssef relatou um episódio ocorrido, segundo ele, no fim do governo Lula. De acordo com o doleiro, ele foi convocado pelo então presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, para acalmar uma empresa de publicidade que ameaçava explodir o esquema de corrupção na estatal. A empresa quei­xa­va-­se de que, depois de pagar de forma antecipada a propina aos políticos, tive­ra seu contrato rescindido. Homem da confiança de Lula, Gabrielli, segundo o doleiro, determinou a Youssef que captasse 1 milhão de reais entre as empreiteiras que participavam do petrolão a fim de comprar o silêncio da empresa de publicidade. E assim foi feito.

Gabrielli poderia ter realizado toda essa manobra sem que Lula soubesse? O fato de ter ocorrido no governo Dilma é uma prova de que ela estava conivente com as lambanças da turma da estatal? Obviamente, não se pode condenar Lula e Dilma com base apenas nessa narrativa. Não é disso que se trata. Youssef simplesmente convenceu os investigadores de que tem condições de obter provas do que afirmou a respeito de a operação não poder ter existido sem o conhecimento de Lula e Dilma — seja pelos valores envolvidos, seja pelo contato constante de Paulo Roberto Costa com ambos, seja pelas operações de câmbio que fazia em favor de aliados do PT e de tesoureiros do partido, seja, principalmente, pelo fato de que altos cargos da Petrobras envolvidos no esquema mudavam de dono a partir de ordens do Planalto.

Os policiais estão impressionados com a fartura de detalhes narrados por Youssef com base, por enquanto, em sua memória. “O Vaccari está enterrado”, comentou um dos interrogadores, referindo-se ao que o do­leiro já narrou sobre sua parceria com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto. O doleiro se comprometeu a mostrar documentos que comprovam pelo menos dois pagamentos a Vaccari. O dinheiro, desviado dos cofres da Petrobras, teria sido repassado a partir de transações simuladas entre clientes do banco clandestino de Youssef e uma empresa de fachada criada por Vaccari. O doleiro preso disse que as provas desses e de outros pagamentos estão guardadas em um arquivo com mais de 10 000 notas fiscais que serão apresentadas por ele como evidências. Nesse tesouro do crime organizado, segundo Youssef, está a prova de uma das revelações mais extraordinárias prometidas por ele, sobre a qual já falou aos investigadores: o número das contas secretas do PT que ele operava em nome do partido em paraísos fiscais. Youssef se comprometeu a ajudar a PF a localizar as datas e os valores das operações que teria feito por instrução da cúpula do PT.

Depois da homologação da de­lação premiada, que parece assegurada pelo que ele disse até a semana passada, Youssef terá de apresentar à Justiça mais do que versões de episódios públicos envolvendo a presidente. Pela posição-chave de Youssef no esquema, os investigadores estão con­fiantes em que ele produzirá as provas necessárias para a investigação prosseguir. Na semana que vem, Alberto Youssef terá a oportunidade de relatar um episódio ocorrido em março deste ano, poucos dias antes de ser preso. Youssef dirá que um integrante da ­coor­­denação da campanha presidencial do PT que ele conhecia pelo nome de “Felipe” lhe telefonou para marcar um encontro pessoal e adiantou o assunto: repatriar 20 milhões de reais que seriam usados na cam­panha presidencial de Dilma Rous­seff. Depois de verificar a origem do telefonema, Youssef marcou o encontro que nunca se concretizou por ele ter se tornado hóspede da Polícia Federal em Curitiba. Procurados, os defensores do doleiro não quiseram comentar as revelações de Youssef, justificando que o processo corre em segredo de Justiça. Pelo que já contou e pelo que promete ainda entregar aos investigadores, Youssef está materializando sua amea­ça velada feita dias atrás de que iria “chocar o país”.

DINHEIRO PARA O PT

Alberto Youssef também voltou a detalhar os negócios que mantinha com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, homem forte da campanha de Dilma e conselheiro da Itaipu Binacional. Além de tratar dos interesses partidários com o dirigente petista, o doleiro confi rmou aos investigadores ter feito pelo menos duas grandes transferências de recursos a Vaccari. O dinheiro, de acordo com o relato, foi repassado a partir de uma simulação de negócios entre grandes companhias e uma empresa-fantasma registrada em nome de laranjas mas criada pelo próprio Vaccari para ocultar as operações. Ele nega

ENTREGA NO SHOPPING

Alberto Youssef confirmou aos investigadores o que disse o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa sobre o dinheiro desviado da estatal para a campanha da exministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) ao Senado, em 2010. Segundo ele, o repasse dos recursos para a senadora petista, no valor de 1 milhão de reais, foi executado em quatro parcelas. As entregas de dinheiro foram feitas em um shopping center no centro de Curitiba. Intermediários enviados por ambos entregaram e receberam os pacotes. Em nota, a senadora disse que não recebeu nenhuma doação de campanha nem conhece Paulo Roberto Costa ou Alberto Youssef

ELE TAMBÉM SABIA

Durante o segundo mandato de Lula, o doleiro contou que foi chamado pelo presidente da Petrobras, José sergio Gabrielli, para tratar de um assunto que preocupava o Planalto. Uma das empresas com contratos de publicidade na estatal ameaçava revelar o esquema de cobrança de pedágio. Motivo: depois de pagar propina antecipadamente, a empresa teve seu contrato rescindido. Ameaçado pelo proprietário, Gabrielli pediu ao doleiro que captasse 1 milhão de reais com as empreiteiras do esquema e devolvesse a quantia à empresa de publicidade. Gabrielli não quis se pronunciar

CONTAS SECRETAS NO EXTERIOR

Desde que Duda Mendonça, o marqueteiro da campanha de Lula em 2002, admitiu na CPI dos Correios ter recebido pagamentos de campanha no exterior (10 milhões de dólares), pairam sobre o partido suspeitas concretas da existência de dinheiro escondido em paraísos fi scais. Para os interrogadores de Alberto Youssef, no entanto, essas dúvidas estão começando a se transformar em certeza. O doleiro não apenas confi rmou a existência das contas do PT no exterior como se diz capaz de ajudar a identifi cá-las, fornecendo detalhes de operações realizadas, o número e a localização de algumas delas.

UM PERSONAGEM AINDA OCULTO

O doleiro narrou a um interlocutor que seu esquema criminoso por pouco não atuou na campanha presidencial deste ano. Nos primeiros dias de março, Youssef recebeu a ligação de um homem, identifi cado por ele apenas como “Felipe”, integrante da cúpula de campanha do PT. Ele queria os serviços de Youssef para repatriar 20 milhões de reais que seriam usados no caixa eleitoral. Youssef disse que chegou a marcar uma segunda conversa para tratar da operação, mas o negócio não foi adiante porque ele foi preso dias depois. Esse trecho ainda não foi formalizado às autoridades.

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Postado por Edmar Lyra às 22:49 pm do dia 24 de outubro de 2014 Deixe um comentário

Recife Antigo de Coração é programação para toda a família neste domingo

O domingo vai ser de muitas atrações no Recife Antigo. A partir das 8h, começa a programação da 20ª edição do projeto Recife Antigo de Coração, que leva música, esportes, cultura e muita diversão para as ruas do bairro histórico.

No polo cultural, a principal atração do dia será o cantor André Rio, que apresentará seus principais sucessos, a partir das 15h30, no palco montado na Alfredo Lisboa, ao lado do Marco Zero. Antes disso, vai ter show de Maracambuco, às 8h, Carlinhos Monte Verde, às 09h30, Sambê, às 11h, e Beto do Bandolim, com a participação de Valmir Chagas, a partir das 14h. Na Rua da Moeda, das 14h30 às 17h, tem show de Karina Spinelly

Para a criançada, diversão não há de faltar. Também na Alfredo Lisboa, vai ter brinquedo inflável e várias atividades esportivas e de recreação, como exposição de álbuns de figurinhas e oficina de pintura.

Na Avenida Rio Branco, vai ter ainda: venda de caricaturas; Gibiteca Sorrisos Geram Sorrisos; Espaço de Beleza do projeto Força na Peruca, projeto voluntário mantido por estudantes de medicina para apoio a mulheres com câncer; Campanha Além do Rosa, de prevenção do câncer de mama; exposição de fotos Um Olhar sobre o Amanhã, ação da campanha Outubro Rosa; e exposição de carros antigos.

Para quem quiser suar a camisa depois do voto, a partir das 8h, tem aluguel de bicicleta e patins na Rua do Bom Jesus; futebol americano e baseball, na Avenida Rio Branco; rampas de skate na Alfredo Lisboa; futebol, vôlei, basquete, slackline e patinação artística, na Marquês de Olinda; além de handebol e badminton, na Rua Dona Maria César.

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Postado por Edmar Lyra às 22:48 pm do dia 24 de outubro de 2014 Deixe um comentário

Integrantes da Orquestra Criança Cidadã levam mensagem contra o trabalho infantil em ida ao Vaticano

A Orquestra Criança Cidadã vai se apresentar para o Papa Francisco, na Itália, no dia 31 de outubro, dentro da programação da 16ª Conferência Internacional da Associação Privada de Direito Pontifício. Na ida, na próxima segunda-feira (27), os jovens da Orquestra sairão do Recife vestindo a camisa da “Campanha Trabalho Infantil não é Legal. Não Compre”, reforçando a mensagem da importância de uma infância e juventude com os direitos assegurados.

A Orquestra Criança Cidadã é uma das parceiras da campanha, criada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), mas que possui uma série de parceiros: Ministério Público de Pernambuco, Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, Tribunal de Justiça de Pernambuco, Ministério do Trabalho e Emprego, Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em Pernambuco, dentre outros.

Vaticano

Será a primeira vez que um projeto sociomusical brasileiro se apresenta para um Papa. Os pernambucanos realizarão inserções musicais ao longo da Conferência e, no segundo dia de evento, farão uma sessão musical reservada para o Pontífice. Sob a regência do maestro Nilson Galvão Jr. e com os solos da mais famosa violinista japonesa, Yoko Kubo, algumas das obras a serem executadas são “Concerto de Brandenburgo nº 3”, de J.S. Bach, “As quatro Estações”, de Vivaldi, e trechos da “Serenata”, composta por Tchaikovsky.

Após a passagem pela Itália, no dia 4 de novembro os meninos do Coque fazem performance em Lisboa, para o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, no Palácio de São Bento, sede do Parlamento do país, às 18h. Assim como na Itália, será a primeira vez que a Orquestra se apresenta em solo português. O repertório desse concerto dará lugar a temas brasileiros, entre eles, “Lamento Sertanejo”, de Dominguinhos, e um medley em homenagem a Sivuca e a Jackson do Pandeiro.

Saiba mais sobre a Orquestra Criança Cidadã

A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social gerido pela Associação Beneficente Criança Cidadã (ABCC). Idealizado pelo juiz de Direito João José Rocha Targino, o programa, em funcionamento desde 2006, visa ao resgate social de crianças carentes através da música.

Atualmente, a Orquestra atende gratuitamente a 170 jovens, entre quatro e 21 anos. Os alunos recebem aulas de instrumentos de corda, percussão, teoria musical, flauta doce e canto coral, além de instrumentos de sopro – flauta transversa, oboé, clarinete, trompa e fagote. O programa conta ainda com apoio pedagógico, atendimento psicológico, médico e odontológico, aulas de inclusão digital, fornecimento de três refeições por dia e fardamento.

A Orquestra Meninos do Coque vem, a cada ano, se projetando cada vez mais como um programa social exemplar. Em seus oito anos de existência, recebeu mais de 20 prêmios, incluindo o Prêmio Caixa Melhores Práticas em Gestão Local, de âmbito nacional. Na esfera internacional, a Organização das Nações Unidas escolheu a Orquestra como uma boa prática de inclusão social, em dezembro de 2010.

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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