
Pré-candidato pelo PT nas eleições à Presidência da República em outubro, Lula (PT) declarou, nesta segunda-feira, 4, durante um evento da CUT em São Paulo, que irá retirar do governo os militares que ocupam cargos comissionais caso seja eleito. O petista é o principal adversário do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Nós vamos ter que começar o governo sabendo que nós temos que tirar quase 8 mil militares que estão em cargos de pessoas que não prestaram concurso. Vamos ter que tirar”, disse o petista.
De acordo com o ex-presidente da República, é preciso traçar compromisso, caso contrário a proposta não será implantada. “Isso não pode ser motivo de bravata, isso tem que ser motivo de construção. Porque se a gente fizer bravata, a gente pode não fazer” afirmou. Segundo um levantamento do Tribunal de Contas da União, Bolsonaro mais do que dobrou a quantidade de militares em cargos civis durante o seu governo. Em junho de 2020, por exemplo, o TCU identificou 6.157 militares da ativa e reserva em atuação no governo frente aos 2.765 que ocupavam postos similares em 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB).
O Ministério da Defesa considerava apenas 3.029 integrantes das Forças Armadas no governo, pois só levou em consideração aqueles que fazem parte da ativa. A maioria respondia ao próprio Ministério da Defesa e ao Gabinete de Segurança Institucional, o GSI. O discurso durou pouco mais de uma hora e, dentre os temas, Lula falou da reforma trabalhista, criticou o governo de Jair Bolsonaro e o Congresso Nacional.
Com informações do G1



