O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem planos de intensificar as negociações com partidos do Centrão na próxima semana para fortalecer sua base no Congresso, conforme apontado pela colunista do g1, Ana Flor. Dentre os encontros previstos, Lula deve se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um parlamentar com grande influência entre os partidos do bloco.
Com o objetivo de conquistar o apoio de deputados para suas propostas prioritárias e melhorar a governabilidade, o governo está estudando realizar mudanças nos ministérios e nas estatais. Nesta semana, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do Executivo com o Congresso, recebeu lideranças do PP e do Republicanos.
Diversas pastas estão na mira das possíveis mudanças, e o texto apresenta uma lista de ministérios e estatais que podem sofrer alterações, bem como as que, por enquanto, estão descartadas. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Ministério de Portos e Aeroportos, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Ministério da Mulher, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o Ministério dos Esportes, a Caixa Econômica Federal, os Correios, a Embratur e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) são alguns dos órgãos em foco nas negociações.
Em seu pronunciamento na semana anterior, o presidente Lula descartou mudanças no comando do Ministério da Saúde, considerado um dos ministérios com maior orçamento da Esplanada, e reforçou que “tem ministros que não são trocáveis”. Desde o início de seu governo, Lula promoveu mudanças em dois dos 37 ministérios, incluindo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o Ministério do Turismo.
As negociações em busca do apoio político tornam-se estratégicas para o governo de Lula, e o cenário político promete novos desdobramentos nos próximos dias.
