
O Arco de Raquel Lyra e o novo marco da infraestrutura pernambucana
Poucas obras conseguiram, ao longo das últimas décadas, sintetizar de forma tão clara um projeto de Estado quanto a duplicação da BR-232. Gestada e executada no governo Jarbas Vasconcelos, ela não apenas encurtou distâncias entre o litoral e o interior, mas redefiniu a lógica de desenvolvimento de Pernambuco. Passados cerca de 20 anos, o Estado volta a viver um momento semelhante. A viabilização do Arco Metropolitano, finalmente tirada do papel pela governadora Raquel Lyra, nasce com potencial para ocupar o mesmo lugar simbólico e estrutural que a BR-232 teve em seu tempo.
Durante duas décadas, o Arco foi tratado como uma promessa recorrente, quase folclórica, sempre lembrada em campanhas e esquecida nos gabinetes. Estudos se acumulavam, discursos se repetiam e a Região Metropolitana do Recife continuava refém de um dos trânsitos mais caóticos do país, com a BR-101 saturada e Suape operando aquém de sua vocação logística plena. Faltava o que nunca é trivial na política: decisão.
Ao autorizar o início das obras do trecho que liga Moreno ao Cabo de Santo Agostinho, Raquel Lyra rompe esse ciclo de inércia. Mais do que anunciar investimentos, a governadora assumiu o custo político, técnico e financeiro de enfrentar um gargalo histórico. Com R$ 632 milhões assegurados, 25 quilômetros de extensão e integração direta entre a BR-232, a BR-101 e o Porto de Suape, o Arco Metropolitano deixa de ser projeto e passa a ser obra — uma diferença fundamental para quem governa.
Assim como a duplicação da BR-232 foi decisiva para integrar o interior ao litoral e impulsionar novos polos econômicos, o Arco nasce com a missão de reorganizar a mobilidade da Região Metropolitana e reposicionar Pernambuco no mapa logístico do Nordeste. Ao retirar o tráfego pesado das áreas urbanas, aliviar a BR-101 e criar um corredor moderno de escoamento da produção, a obra impacta diretamente a competitividade do Estado e a qualidade de vida da população.
Há também um componente político inequívoco. Grandes obras estruturadoras costumam definir gestões e marcar gerações. Jarbas ficou associado à BR-232 porque teve visão estratégica e coragem administrativa para executá-la. Raquel Lyra caminha para construir uma marca semelhante. Ao destravar o Arco Metropolitano, ela sinaliza que seu governo não se limita à gestão do cotidiano, mas pensa Pernambuco em escala histórica.
O Arco, inserido no programa PE na Estrada, reforça ainda a narrativa de reconstrução da capacidade do Estado de investir. Em um cenário de restrições fiscais e descrença generalizada, a gestão Raquel Lyra mostra que planejamento, articulação política e responsabilidade fiscal podem andar juntos. Não por acaso, o projeto reuniu apoio amplo de prefeitos, parlamentares e lideranças de diferentes campos políticos.
Se a duplicação da BR-232 foi o eixo do desenvolvimento no início dos anos 2000, o Arco Metropolitano tem tudo para ser o símbolo da infraestrutura pernambucana desta década. E, ao contrário de tantos anúncios do passado, ele agora tem endereço, recursos e prazo. Isso muda tudo — para o Estado e para a política.
Entrega – O Governo de Pernambuco entregou, nesta semana, a UTI Pediátrica do Hospital da Restauração totalmente requalificada, com intervenções estruturais e novos equipamentos médicos, reforçando o compromisso da gestão Raquel Lyra com uma saúde pública mais moderna e segura. O setor, que conta com dez leitos, passou por melhorias completas na estrutura física — incluindo climatização, iluminação, sistema elétrico e acabamento — e recebeu ventiladores mecânicos, monitores multiparamétricos e camas elétricas de última geração, garantindo mais conforto às crianças, melhores condições de trabalho às equipes e maior segurança no atendimento às famílias que dependem do maior hospital público do Estado.
Investimento hídrico – A governadora Raquel Lyra garantiu um financiamento histórico de R$ 1,2 bilhão junto ao Grupo AFD – Agência Francesa de Desenvolvimento – para reforçar a segurança hídrica e modernizar os sistemas de abastecimento de água em Pernambuco, consolidando o programa Águas de Pernambuco como uma das principais frentes estruturadoras da atual gestão. O investimento, firmado com a Compesa, será aplicado na ampliação da oferta de água, na reabilitação de sistemas produtores em diversas regiões do Estado e no fortalecimento operacional da companhia, com ações de automação, eficiência energética e adaptação às mudanças climáticas, ampliando o acesso a um direito básico e estratégico para o desenvolvimento pernambucano.
Recursos – O prefeito do Recife, João Campos, garantiu mais R$ 19,2 milhões em recursos do Governo Federal para a construção da nova sede do Laboratório de Saúde Pública, que será instalada na Avenida Norte, em Casa Amarela, ampliando de forma expressiva a capacidade de exames da rede municipal. Com a parceria do Ministério da Saúde, o novo laboratório dobrará o número de coletas mensais e aumentará em 40% a produção de exames, além de permitir a doação da atual estrutura para a Universidade de Pernambuco, viabilizando a expansão da emergência cardiológica do Procape e fortalecendo a integração entre assistência, diagnóstico e ensino na capital.
Hospital da Criança – Além do laboratório, o prefeito do Recife, João Campos, também assegurou R$ 25 milhões para a aquisição de equipamentos de alta complexidade destinados ao Hospital da Criança, que será entregue em 2026 e se consolidará como um dos mais completos equipamentos pediátricos do Nordeste. O investimento permitirá a compra de tomógrafo, ressonância magnética e aparelhos especializados, reforçando uma unidade que contará com 60 leitos, UTI pediátrica e ambulatório com 18 especialidades, ampliando o acesso à saúde infantil e qualificando o atendimento às crianças da capital e da Região Metropolitana.
Inocente quer saber – Com o Arco Metropolitano, Raquel Lyra já tem uma marca da sua gestão para mostrar aos pernambucanos em 2026?



