O Brasil entre crises e a necessidade de um novo centro
Desde a redemocratização em 1985, o Brasil tem vivido ciclos marcados por rupturas, estabilizações e recaídas em crises institucionais e econômicas. A eleição indireta de Tancredo Neves pelo colégio eleitoral, ainda sob as regras do regime militar, representou o ponto de virada. Com sua morte, José Sarney assumiu o Planalto e deu início a uma transição turbulenta que culminaria no primeiro presidente eleito pelo voto direto em 1989: Fernando Collor, cuja breve gestão terminou em impeachment, substituído por Itamar Franco. Coube a Itamar, com o Plano Real liderado por Fernando Henrique Cardoso, iniciar o ciclo de estabilidade que permitiria ao próprio FHC governar por dois mandatos consecutivos.
Lula, após três derrotas, venceu em 2002 e abriu um novo capítulo. Foi reeleito, elegeu e reelegeu Dilma Rousseff, cuja condução do país levou ao segundo impeachment da Nova República. Michel Temer, seu vice, assumiu com uma agenda de reformas que garantiu um respiro econômico ao país. Jair Bolsonaro, eleito em 2018, prometia romper com o sistema, mas mergulhou o Brasil em um dos períodos mais conflituosos da história recente, marcado por má condução da pandemia e confrontos institucionais. Tornou-se o primeiro presidente desde a redemocratização a não se reeleger.
A volta de Lula ao poder em 2023, após vencer um dos pleitos mais polarizados da história, não trouxe a pacificação prometida. Mesmo com apoio no Congresso e no Judiciário, seu governo tem se mostrado incapaz de oferecer estabilidade econômica ou política. Em muitos aspectos, a condução atual é percebida por parte da população como pior do que a de Bolsonaro, sobretudo nos indicadores econômicos e na condução da relação com os demais Poderes.
Diante deste cenário, 2026 se desenha como um novo ponto de inflexão. Talvez seja necessário buscar inspiração nos modelos de Itamar Franco, Fernando Henrique e Michel Temer — lideranças de centro que, mesmo diante de crises, conseguiram oferecer estabilidade e capacidade de diálogo. O Brasil parece precisar menos de líderes carismáticos e polarizadores e mais de gestores técnicos, moderados e com espírito público. Lulismo e bolsonarismo, já demonstraram seus limites. Alimentar essa polarização é garantir mais quatro anos de paralisia, crise institucional e retrocessos.
É hora de olhar para o centro com seriedade — não o centro fisiológico, mas aquele que representa a união, o equilíbrio e a racionalidade. O Brasil precisa de menos embates e mais reconstrução.
Missa do vaqueiro – A governadora Raquel Lyra participou, neste domingo, da 55ª edição da Missa do Vaqueiro, em Serrita, Sertão Central, reafirmando o compromisso com a valorização da cultura nordestina e o legado dos vaqueiros. Ao lado da vice Priscila Krause e de milhares de participantes, Raquel acompanhou a celebração montada a cavalo e destacou o investimento de R$ 2,4 milhões do Governo de Pernambuco na tradicional festividade. O evento, que homenageia Raimundo Jacó e foi imortalizado por Luiz Gonzaga, contou com reforço em saúde e segurança, além de shows e ações culturais que mantêm viva a identidade sertaneja do Estado.
Giro pelo interior – O prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, João Campos, encerrou neste domingo (20) sua série de compromissos pelo interior do estado participando da 55ª edição da Missa do Vaqueiro, em Serrita, no Sertão Central. Acompanhado por lideranças locais e saudado pelo público, João destacou a importância da celebração como expressão de fé, cultura e resistência do povo sertanejo. Antes de chegar a Serrita, o socialista passou por Salgueiro, onde se reuniu com a ex-prefeita Dona Creuza Pereira, fortalecendo laços com importantes lideranças da região.
Lançamento – O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) lança, nesta segunda-feira (21), a Medida Protetiva Eletrônica, uma ferramenta inovadora que permitirá às mulheres vítimas de violência doméstica solicitarem medidas protetivas de urgência diretamente pelo celular ou computador, sem precisar sair de casa. A solicitação será enviada imediatamente a um magistrado, garantindo mais agilidade, sigilo e proteção em tempo real, sem a necessidade de ir a uma delegacia ou contratar advogado. A iniciativa reforça o compromisso do Judiciário pernambucano com a segurança e os direitos das mulheres.
Inocente quer saber – Qual presidenciável representa a melhor opção para quebrar a polarização entre lulismo e bolsonarismo para 2026?
