
João Campos amplia protagonismo e se posiciona para 2026
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), tem dado passos firmes rumo à consolidação de seu nome como principal liderança política de oposição à governadora Raquel Lyra e seu provável adversário em 2026. Em um intervalo de poucos meses, acumulou vitórias estratégicas que reforçam sua musculatura política e o colocam como antagonista natural na disputa pelo Governo de Pernambuco em 2026.
Duas vitórias recentes sintetizam esse avanço. A primeira foi em Goiana, com a eleição de Marcílio Régio, nome alinhado a João Campos, representando um importante avanço no interior. A segunda, de maior repercussão política, foi a permanência de Raul Henry na presidência estadual do MDB. Com isso, João conseguiu manter sob sua influência um dos partidos mais tradicionais do estado, dando demonstrações claras de que está disposto a vencer batalhas políticas que terão peso decisivo em seu projeto estadual.
Além disso, os últimos meses serviram para estreitar os laços com a federação União Progressista (formada por União Brasil e PP). Se por um lado o União Brasil já vinha sinalizando alinhamento com João Campos desde o início do ano, por outro, a reaproximação com Eduardo da Fonte, liderança do PP e dirigente da federação, facilitou a entrada da União Progressista no radar de alianças estratégicas. Com isso, João amplia seu arco de apoios e pode liderar uma frente ampla na sucessão estadual.
A equação que se desenha é ainda mais robusta ao lembrar que João Campos é gestor bem-avaliado, reeleito com a maior votação da história do Recife, assumirá esta semana a presidência nacional do PSB e aliado prioritário do presidente Lula em Pernambuco. A convergência dessas credenciais cria a chamada “tempestade perfeita” para a sua pré-candidatura ao Palácio do Campo das Princesas em 2026.
O cenário favorece não apenas sua pré-candidatura, mas também a construção de um projeto político de longo prazo. Com o MDB sob sua órbita e o fortalecimento de pontes com outros partidos, João se mostra não apenas apto, mas decidido a liderar o bloco político que pretende se contrapor à atual gestão estadual. Em um ambiente político marcado por disputas intensas, João Campos surge como o nome capaz de aglutinar apoios, superar resistências e liderar uma aliança com reais chances de vitória em 2026.
Candidatíssimo – O presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho, não esconde de ninguém o desejo de ser candidato ao Senado Federal pela Frente Popular, no projeto liderado pelo prefeito João Campos. Ele além de trabalhar pela ida da União Progressista para o arco de alianças com João Campos, nutre uma relação de reciprocidade com o socialista, o que poderá ajudar na sua escolha para a Câmara Alta em 2026.
Álvaro Porto – O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, tem sido extremamente importante na construção do projeto de João Campos para a disputa do próximo ano. O chefe do legislativo estadual está bastante entusiasmado com o aliado, que diga-se de passagem, não fez objeções ao seu projeto quando tentou construir sua candidatura a presidente da Alepe, garantindo todos os votos do PSB ao atual presidente.
MDB – Além da atuação direta de João Campos, que foi determinante para o resultado, não se pode deixar de reconhecer o papel imprescindível do prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto, para que o MDB pudesse ficar nas mãos de Raul Henry e naturalmente mantê-lo na Frente Popular. O gestor vitoriense mostrou mais uma vez que quando entra num jogo, só entra pra ganhar.
Inocente quer saber – João Campos terá quantos partidos em sua coligação em 2026?
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