
A força de Eduardo Batista na reta final em Goiana
A poucos dias da eleição suplementar que decidirá o comando da Prefeitura de Goiana, a pesquisa DataTrends divulgada nesta quinta-feira revela um cenário de equilíbrio, mas com um detalhe crucial: a força política de Eduardo Batista (Avante) nesta reta final. Atual prefeito interino, Batista aparece com 51% dos votos válidos, contra 49% de Marcílio Régio (PP), um empate técnico que, na prática, coloca o gestor à frente com ligeira vantagem.
Embora os números estejam dentro da margem de erro, a campanha de Batista chega ao último fim de semana com três ativos importantes: desempenho consistente nos diferentes cenários da pesquisa, forte recall eleitoral e uma aprovação administrativa de fazer inveja a muitos políticos experientes. Nada menos que 61% dos eleitores disseram aprovar sua gestão à frente da prefeitura — número expressivo para um mandato interino e recente.
Nos dados estimulados, Batista aparece com 43% das intenções de voto, enquanto Marcílio tem 41%. O alto índice de indecisos (13%) ainda deixa espaço para oscilações, mas o favoritismo do prefeito interino se sustenta por mais do que os números: ele carrega o peso da máquina pública e uma imagem de continuidade e estabilidade que tem se mostrado eficiente para cativar o eleitorado.
Na espontânea, Batista também lidera, com 36% contra 34% de Marcílio. O detalhe é que, neste tipo de cenário, a lembrança direta do nome do candidato tende a indicar um eleitor mais decidido, o que favorece o atual prefeito.
A disputa é dura, e ninguém no grupo de Eduardo Batista deve subestimar a força de seu adversário. No entanto, com boa avaliação de gestão, presença no eleitorado espontâneo e vantagem nos votos válidos, Batista entra no domingo como o nome a ser batido. A campanha mostrou maturidade, foco na prestação de contas e domínio do território político.
Se mantiver a consistência e mobilizar sua base com eficiência até a urna, Goiana poderá consolidar no voto aquilo que as pesquisas já sugerem: a permanência de Eduardo Batista no comando do município, agora como prefeito eleito.
Posicionamento – O vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, defendeu que o partido entregue os cargos que ocupa no governo Lula. A declaração ocorre após a oficialização da federação União Progressista, formada por União Brasil e PP — dois partidos de centro-direita que integram a base aliada, mas têm histórico de independência em votações no Congresso. Para ACM Neto, a nova configuração exige “coerência” e uma postura mais alinhada à oposição.
Empréstimos – O senador Fernando Dueire (MDB) foi relator de mais um importante empréstimo em favor de Pernambuco, reforçando seu papel de articulação no Congresso. Ao todo, Dueire já relatou três financiamentos para o governo Raquel Lyra e um para a gestão de João Campos no Recife, consolidando-se como peça-chave no fortalecimento das administrações estadual e municipal.
Carta de anuência – O PP, integrante da federação com o União Brasil, considera dar uma carta de anuência ao deputado federal Mendonça Filho, que é cortejado por PL, MDB e PSD. Caso deixe o União Brasil, Mendonça poderá definir seu partido ainda em 2025.
Inocente quer saber – Eduardo Batista será eleito prefeito de Goiana no próximo domingo?
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