
PL e Novo podem lançar Eduardo Moura em 2026
Eleito em 2024 com 5.283 votos, Eduardo Moura rapidamente deixou de ser apenas um estreante na Câmara Municipal do Recife para se tornar a principal voz da oposição ao prefeito João Campos. Com discursos eloquentes e uma postura combativa, Moura se firmou como uma das figuras mais promissoras da nova direita pernambucana. Sua atuação tem chamado atenção dentro e fora da Câmara, e já o credencia como possível nome do Partido Novo para a Câmara dos Deputados em 2026.
Mas os bastidores da política pernambucana estão fervendo com uma movimentação que pode alterar esse caminho. A reunião entre Tecio Teles, presidente estadual do Novo, e Anderson Ferreira, líder do PL em Pernambuco, acendeu o alerta: há uma articulação em curso para formar uma chapa majoritária de direita em 2026. O objetivo? Romper a atual polarização entre Raquel Lyra e João Campos, e construir uma candidatura competitiva ao Senado.
O desenho da chapa já circula nas conversas de bastidores: Eduardo Moura para o governo estadual e Anderson Ferreira para o Senado. Juntos, teriam cerca de dois minutos no guia eleitoral e poderiam oferecer à direita um palanque robusto, com musculatura para influenciar um eventual segundo turno — seja decidindo a eleição ou se posicionando como fiel da balança.
Mas o que levaria Moura a abandonar uma candidatura praticamente garantida à Câmara dos Deputados para se lançar numa disputa dura pelo governo estadual? A resposta está em 2028. Se tiver bom desempenho em 2026, mesmo sem vitória, Moura se cacifa para disputar a Prefeitura do Recife na sucessão de João Campos, com o apoio do PL e de outros partidos de centro-direita.
As peças ainda estão se movendo, mas é certo que Eduardo Moura não é mais apenas uma promessa. Ele virou uma variável decisiva no xadrez político de Pernambuco. Se vai buscar a Câmara dos Deputados, o Palácio do Campo das Princesas ou, mais adiante, o Palácio do Capibaribe Antônio Farias, é algo que os próximos meses dirão. O jogo está aberto — e Moura já está no centro dele.
Convite – O ex-presidente Jair Bolsonaro, que prestou depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, fez um convite inusitado ao ministro do STF, e considerado seu algoz. Bolsonaro, em tom de brincadeira, convidou Moraes para ser seu vice em 2026. Moraes declinou do convite. Em tempo, Bolsonaro segue inelegível por ter se reunido com embaixadores e ter questionado as urnas eletrônicas.
Frustração – A gestão do prefeito Dimas Natanael (PSD) em Lagoa de Itaenga tem gerado frustração entre eleitores que esperavam renovação administrativa e maior eficiência. Passados os primeiros meses, a falta de transparência nas contas públicas, a ausência de ações concretas diante da queda nos repasses do FPM e os custos extras com a recuperação da frota municipal indicam uma administração ainda desorganizada e aquém das expectativas criadas durante a campanha.
Placar – Com a filiação da prefeita de Dormentes, Corrinha de Geomarco, que trocou o PSB pelo PSD da governadora Raquel Lyra, o PSD atingiu agora 68 prefeitos em Pernambuco, seguido da União Progressista com 38 prefeitos e do PSB com 24 gestores municipais.
Sem efeito – Adversários da governadora Raquel Lyra acreditam que não houve nenhum efeito político a filiação de prefeitos ao PSD. Eles continuam apostando que em junho de 2026, os prefeitos aderirão ao projeto de João Campos e que estão indo para o PSD apenas para garantir os recursos estaduais sem compromisso eleitoral com a governadora.
Inocente quer saber – A entrada de Eduardo Moura na disputa pelo governo traz mais prejuízo a João Campos ou a Raquel Lyra?
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