
Logo após a reeleição de Raul Henry para a presidência do MDB de Pernambuco, neste sábado (24), aliados do dirigente e do prefeito do Recife, João Campos (PSB), se reuniram em clima de comemoração para celebrar a vitória e reafirmar os laços políticos entre os dois grupos. O encontro foi marcado por discursos de unidade, confraternização e sinalizações claras de que o partido seguirá alinhado ao projeto liderado por Campos com vistas às eleições de 2026.
O próprio João Campos usou as redes sociais para parabenizar os aliados. “O MDB segue alinhado com sua história e com suas convicções. Pernambuco e Recife ganham com isso. Parabéns Raul, Paulo e Adriana!”, escreveu, referindo-se a Raul Henry, ao prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto, e a Adriana Vasconcelos, filha do ex-senador Jarbas Vasconcelos, mas integrante do grupo vitorioso.
Durante o evento, Raul Henry foi direto ao reforçar o apoio ao projeto político de João Campos: “Temos uma aliança com o PSB, uma aliança de lealdade, de reciprocidade e parceria. Quero dizer explicitamente o apoio a João Campos para governador de Pernambuco”. A fala foi recebida como um recado claro de que o MDB, sob sua liderança, caminhará junto com o PSB no processo sucessório estadual.
A reeleição de Henry com 65 votos contra 49 de Jarbas Vasconcelos Filho não apenas assegura sua permanência no comando da legenda, como também fortalece o campo político de João Campos, que já articula alianças com partidos como o PT e a federação União Brasil–Progressistas. A costura visa consolidar uma frente ampla em 2026, quando Campos deve disputar o governo do estado.
Do lado derrotado, o clima foi de cautela e frustração. Jarbas Filho, que lidera uma ala dissidente do MDB e é adversário político de João Campos, questionou a antecipação de apoio. “Você não pode falar de apoio para a eleição de 2026 sem escutar a base do partido”, afirmou, revelando a tensão interna que deverá persistir nos próximos anos.
Com a vitória, o MDB caminha para ser peça central no projeto político de João Campos. Mas a disputa interna mostra que a legenda seguirá como um terreno de embates estratégicos até a consolidação das candidaturas para 2026.
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