
Empresários estão se mostrando preocupados com as campanhas polarizadas protagonizadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT). De acordo com os executivos ouvidos pelo G1, os dois postulantes estão emitindo sinais ruins e negativos para a economia, que podem comprometer uma recuperação do crescimento do País no próximo ano.
Bolsonaro
No caso do presidente Bolsonaro, os empresários apontam para o risco de o governo atual produzir uma bomba fiscal com seu pacote de “bondades” que explodiria no ano que vem, obrigando o próximo presidente a assumir fazendo um ajuste fiscal. As medidas estão aumentando gastos da União e gerando pressões sobre o Orçamento da União de 2023.
Os ainda ressaltaram ao G1 que não são contra medidas na área social, pelo contrário. Entendem que elas precisam ser adotadas para socorrer uma parcela da população em situação de vulnerabilidade. Discordam da forma como são financiadas. Desta maneira, avaliam que o melhor caminho seria com o corte de gastos em outras áreas, como emendas parlamentares.
Lula
Sobre Lula, a preocupação dos empresários é com as promessas que o ex-presidente tem feito a seus aliados caso seja eleito. Uma delas é a revogação da reforma trabalhista, do teto de gastos e a volta do imposto sindical compulsório. A avaliação é de que o líder petista está pregando para convertidos e não precisa ficar fazendo esses acenos neste momento, que vão prejudicar a economia se foram, de fato, adotados caso Lula ganhe a eleição de outubro.
Ainda segundo os donos e dirigentes de grandes empresas, o cenário de polarização da campanha presidencial entre Bolsonaro e Lula tende realmente a se consolidar, não havendo espaço para uma terceira via. A não ser, ressaltam, se a campanha se tornar numa guerra de baixarias entre o presidente e o petista. Nesse caso, o eleitorado poderia repensar seu voto e buscar um outro nome na disputa.



