
A vereadora Professora Williane Alencar (PT), de Ouricuri, denuncia perseguição política de gênero na casa legislativa municipal. Em seu segundo mandato consecutivo, a parlamentar vem enfrentando reiteradas agressões durante as sessões e dificuldades na aprovação de projetos de lei que são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social da cidade sertaneja.
Ao pedir vistas conforme o artigo 82 do Regimento Interno dos projetos de lei oriundos do executivo sobre tributos, seu pedido foi negado e o andamento do regimento, distorcido. Durante a sua fala e do não seguimento do regimento, a vereadora assegurou que o projeto de lei que propõe a presença de intérpretes de Libras nos estabelecimentos de serviços na cidade foi retirado de pauta. A vereadora foi interpelada pelo presidente Rogério da Aldeia (Republicanos) que, com tom de voz alterado, a interrompeu durante a justificativa de voto: “É só um voto, vereadora, a gente vai ouvir o plenário que é soberano. É o voto que estou pedindo, vereadora”. Em contraponto, a vereadora Williane Alencar rebateu: “O senhor não pode faltar com o decoro porque estou falando. Estou apenas justificando que sou favorável (ao pedido de vistas).
De acordo com Williane, o vereador tem praticado com frequência atos de cerceamento e violência política. “Não é a primeira vez que o presidente e entre outros vereadores age dessa forma, com rispidez desproporcional e de forma mais dura ao se dirigir a mim. O PT municipal fecha os olhos e não atua para reprimir essa perseguição”, afirma a vereadora.
Até o vereador César de Preto, do mesmo Partido dos Trabalhadores, trata a vereadora com desrespeito. Ao ser interrompido por outro colega, aceita o aparte com educação. Ao ser questionado pela vereadora Williane reage com rispidez: “Eu estou com a questão de ordem!” com o dedo em riste. “Infelizmente a perseguição não vem apenas da presidência da casa e da base governista. O comportamento de exclusão por parte dos novos integrantes do PT municipal é mais um exemplo de como tenho sido isolada e impedida de participar dos debates que são de interesse da população”, denuncia Williane.
A perseguição vai além das sessões legislativas. “Membros da equipe do vereador Rogério da Aldeia criaram perfis falsos para me difamar nas redes sociais, o que já foi denunciado ao Ministério Público. Não vou me calar e permanecerei firme na defesa das minhas convicções e do que for melhor para o povo de Ouricuri”, denuncia a vereadora que também foi destituída de comissões sem aviso prévio.
Manifestações de solidariedade foram prestadas a Williane. A senadora Teresa Leitão e a vereadora do Recife Liana Cirne, ambas do PT, enviaram mensagens de apoio à legisladora ouricuriense. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco também prestou apoio. “Não vou me calar. Fui eleita para representar o povo de Ouricuri e cumpro diariamente com minhas obrigações, contando sempre com o apoio da senadora Teresa Leitão e de alas do Partido dos Trabalhadores a nível estadual e nacional”, afirma a vereadora.
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