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Postado por Estefane Hermano às 17:02 pm do dia 14 de outubro de 2025

Um governo que acolhe: o legado das creches e o novo jeito de fazer política em Pernambuco

Foto: Divulgação

Há algo novo no ar em Pernambuco, algo que merece atenção e respeito: pela primeira vez na história política do Estado, uma mulher comanda o Governo, e foi eleita governadora, assumindo um papel que faz diferença concreta na vida de crianças, mães, pais e famílias inteiras. E, ao que tudo indica, esse gesto simbólico está sendo acompanhado por ações substanciais, em especial na construção das creches e da educação infantil.

A atual governadora venceu em 2022 com 58,7% dos votos válidos, tornando-se a primeira governadora efetiva de Pernambuco. Em seu discurso inaugural, ficou claro que não se pretende apenas administrar, mas cuidar — de gente, de necessidades básicas, mas também do futuro.

Um dos focos mais fortes desse cuidado tem sido a expansão da rede de creches. Desde o início do mandato, o programa “Juntos pela Educação” tem sido o grande carro-chefe nessa área. Em fevereiro de 2025, foram autorizadas 38 creches em 30 municípios, com investimento de R$ 185,6 milhões, prometendo cerca de 10 mil novas vagas para crianças de até 5 anos e 11 meses, até o início de 2026. Mais recentemente, em setembro de 2025, o governo lançou a licitação para construir outras 35 creches pelo mesmo programa, com aporte de R$ 236 milhões.

O alcance desses números vai além das estatísticas: eles significam alívio para mães que precisam trabalhar, para famílias que antes gastavam tempo e transporte em busca de creches ou até desistiam de buscar emprego por não ter onde deixar seus filhos. Significam também cuidado com o início da vida, com educação desde cedo, com oportunidades iguais para quem começa mais vulnerável.

Importante: não se está apenas construindo prédios, mas planejando com critérios. O governo fez levantamento com cruzamento de dados do IBGE, da saúde, da agência social, do Saúde da Família, para identificar municípios e regiões com maior carência — criando um “mapa de calor” que mostra onde faltam vagas. E nas novas licitações, os projetos das creches contemplam acessibilidade, infraestrutura adequada para primeiros anos de vida, sustentabilidade (energia renovável, reúso de água) e equipamentos para os primeiros tempos de funcionamento, além do compromisso de custear o primeiro ano de operação estadualmente.

Esse tipo de política pública revela uma governança sensível, madura, que olha para quem historicamente ficou fora. Ter uma mulher à frente do Governo contribui também para mudar percepções: a liderança que cuida, que acolhe, que entende demandas do cotidiano (saúde, educação, família) além das arenas tradicionais da política. Há algo simbólico, mas também algo prático: essa sensibilidade se traduz em ação, e as creches são um excelente exemplo.

Além disso, a atual governante não só representa um marco simbólico — ser a primeira mulher eleita governadora de Pernambuco —, mas também carrega experiência concreta em áreas como infância e juventude (foi secretária estadual da Criança e da Juventude) e em gestão municipal, como prefeita de Caruaru. Isso confere legitimidade e empatia — não são projetos abstratos, são projetos nascidos da vivência. E essa combinação de símbolo + ação é o que pode fazer desse momento um ponto de inflexão.

Claro, há desafios: os terrenos para algumas creches, por exemplo, têm sido cobrados pela base de oposição; há municípios aguardando para ceder espaços ou regularizar áreas, para possibilitar as construções. Essa é uma parte burocrática, mas importante — sem terreno apropriado, sem infraestrutura básica, não se ergue creche. É por isso que a participação dos municípios, da sociedade civil, das famílias importa, para garantir que essas iniciativas sejam transformadas em realidade, não fiquem apenas no papel.

Mas olhando o quadro geral, Pernambuco está diante de algo promissor. Uma mulher no comando, atuando com políticas públicas que têm impacto direto sobre quem cria crianças, quem sustenta famílias. Que na fase mais frágil da vida humana — os primeiros anos — haja atenção, estrutura e cuidado. Que mãe e pai possam trabalhar ou estudar sabendo que os filhos têm espaço seguro, digno, estimulante. Esse é um conceito de governança humanizadora, que valoriza a infância e reconhece que investir nela é investir no futuro de todos.

É cedo para celebrar totalmente, mas Pernambuco já vive um momento que pode ser transformador. E talvez, pela primeira vez, ver uma mulher governar com essa combinação de coração e ação concreta ajude a mostrar que cuidar é também governar — e que nosso estado pode crescer sem deixar ninguém para trás.

Marcelo Rodrigues é professor e advogado.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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