O ministro Gilmar Mendes, decano do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta quarta-feira (11) que os todos os integrantes da Corte admiram o regime chinês comandado por Xi Jinping. No entanto, ao citar uma frase atribuída à liderança chinesa, se confundiu.
Gilmar citou a expressão “não importa a cor do gato, mas que ele cace o rato”, atribuindo-a a Xi Jinping. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, o corrigiu, esclarecendo que a frase é de Deng Xiaoping, líder chinês que governou o país durante os anos 1980.
“É… Um pouco na linha nós todos somos admiradores do regime chinês, né, do Xi Jinping, né que diz assim: ‘O importante… A cor do gato não importa, o importante é que ele cace o rato, né. E essa coisa do público e do privado…”, afirmou.
A fala se deu durante o julgamento que analisa a responsabilidade das plataformas digitais por conteúdos publicados por usuários. No momento, Gilmar interrompeu a leitura do voto do ministro Cristiano Zanin, que votou para responsabilizar as redes.
A “Teoria do Gato” de Deng Xiaoping é uma filosofia que guiou as reformas econômicas da China. Ela defende que a “cor do gato”, ou seja, o sistema econômico, é secundária. O que realmente importa é a sua capacidade de “caçar o rato”, ou seja, promover o desenvolvimento econômico e melhorar a vida da população.
ENTENDA
Zanin votou nesta quarta-feira (11) para responsabilizar as redes sociais pela não remoção de conteúdos publicados por usuários após decisão judicial. Propôs, no entanto, alguns critérios para a responsabilização.
O voto do magistrado considera a inconstitucionalidade parcial do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que é tema do julgamento em questão. Com isso, o placar fica em 5 a 1 para ampliar a responsabilidade das redes sociais. Ainda faltam votar os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e Cármen Lúcia.
*Com informações do Poder360
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