Um deputado federal que está sonhando em se reeleger fez uma conta muito simples para resolver a situação da chapinha, se o governador tirar João Campos ou Felipe Carreras e distribuir os votos com os deputados da chapinha, não tem motivos para mantê-la existindo. Resta saber se o governo tirará João Campos, o herdeiro de Eduardo, ou tirará Felipe Carreras, que tem estrutura para ser secretário sem precisar do mandato.
O guloso Wolney Queiroz
Até agora ninguém entendeu como Wolney Queiroz pensou em formar chapinha para federal depois de ganhar a secretaria de Agricultura e ainda deixar alinhada a presença de José Queiroz na chapa majoritária. Um deputado afirmou que Wolney está com a boca muito aberta, querendo comer tudo que vê pela frente, pois como se não bastasse vetou Júnior Uchôa por medo de ter menos votos que ele e ver arriscado o comando estadual do PDT arrumando uma confusão do tamanho de um trem para o governador Paulo Câmara. “Quem tem um aliado desse não precisa de inimigo”, disse o parlamentar em reserva.
Coluna do blog desta sexta-feira
Paulo Câmara precisará fazer concessões para se reeleger
Exercendo o décimo segundo ano de governo do PSB em Pernambuco, o governador Paulo Câmara precisará de muito jogo de cintura para conquistar o seu segundo mandato no Palácio do Campo das Princesas. Nas eleições de 2014, por exemplo, Eduardo Campos permitiu a formação de chapinhas para estadual e federal, mas isto só foi possível porque ele estava com a cabeça voltada para o plano nacional, e não queria quebrar a cabeça com questões provincianas. Em condições mais normais de temperatura e pressão, ele faria como em 2010, quando fez um chapão que elegeu nada menos que 35 deputados estaduais e 20 federais.
Naquele pleito de 2014, após a morte de Eduardo, o chapão elegeu apenas 26 deputados estaduais e 18 federais pela Frente Popular. Este fato certamente não se repetirá, pois tanto a chapa de federal quanto de estadual é composta de pesos pesados e que poderá haver um resultado certamente inferior ao de 2014, com um agravante de que serão necessários 90 mil votos para começar a pensar em disputar para federal e 45 mil para começar a pensar para estadual.
Diante do cenário de dificuldade, e na clara lei da sobrevivência os partidos da Frente Popular se articulam para ficar numa chapinha para deputado federal composta por PDT, PP, PCdoB e Solidariedade. Eles fazem essa conta porque têm chances reais de eleger pelo menos cinco deputados federais, com apenas Eduardo da Fonte e Augusto Coutinho garantidos, tendo Kaio Maniçoba, Marinaldo Rosendo, Cadoca, Wolney Queiroz, Ninho e Luciana Santos disputando três vagas, o que seria uma disputa bastante igual, e haveria uma possibilidade de eleger seis a sete parlamentares se toda a chapa funcionasse, então somente de um a três nomes no máximo seriam sacrificados.
No caso do chapão sendo feito de cabo a rabo, disputariam Eduardo da Fonte, Pastor Eurico, Raul Henry, Felipe Carreras, João Fernando, Sebastião Oliveira, Danilo Cabral, Tadeu Alencar, Gonzaga Patriota, André de Paula, Marinaldo Rosendo, Wolney Queiroz, Luciana Santos, Kaio Maniçoba, João Campos, Milton Coelho, Cadoca, Fernando Monteiro, Augusto Coutinho, Severino Ninho, Júnior Uchoa, Humberto Costa e Marília Arraes, pelo menos 23 candidatos para 15 a 16 vagas no máximo, o que seria um verdadeiro Deus nos acuda.
Fazer uma eleição com uma chapinha de federal, formada por PDT, PCdoB, Solidariedade e PP, seria uma chance de eleger até 7 federais nela, e até 12 federais numa chapa composta por PSB, PR, PSD e PT, porém com a diferença de que os nomes com potencial de menos de 70 mil votos, e até mesmo aqueles que tenham no máximo 90 mil votos tenham ânimo de defender a reeleição de Paulo Câmara sem comprometê-la por eventuais desistências.
Permitir a chapinha pode até significar colocar em xeque alguns nomes do PSB, como João Fernando, Gonzaga Patriota e Tadeu Alencar, porém estará se movimentando em torno de um projeto maior que é a reeleição do governador. Hoje esta concessão para a realização da chapinha é a atitude mais acertada a ser tomada pelo governador se quiser manter a tropa unida para a luta que será travada em outubro. Tentar implodir a chapinha pode significar um problema que não será controlado pelo governo, dando margem para eventuais rupturas de atores que estão fomentando a chapa da vida para deputado federal.
Chapinha – O deputado federal Luciano Bivar bateu o martelo para a construção de uma nova chapinha para deputado federal composta por PSL, PRTB, PV, PSDC, PHS e PRP. A expectativa é que possa eleger dois federais, e integrar uma mesma coligação majoritária. Para estadual ainda não há definição de estratégia.
Segurança – Com o intuito de promover a prevenção social da violência e de levar cidadania à população, o governador Paulo Câmara lança, nesta sexta-feira, as atividades 2018 do Governo Presente (GP). O grande destaque desta edição é a extensão das ações da iniciativa para os municípios do Cabo de Santo Agostinho e do Paulista. Além disso, o mecanismo contará com o programa Juventude Presente, que vai oferecer oficinas de esporte, lazer e cultura para estimular o protagonismo juvenil, disseminando a cultura de paz nos territórios beneficiados. A solenidade acontecerá às 10h, no Palácio do Campo das Princesas.
Federal – Pré-candidato a deputado federal, Eriberto Medeiros pode ser recebido pela chapa do PP para tentar chegar a Brasília. Atualmente no PTC, ele ainda não decidiu se leva o partido para a chapinha ou se prefere realmente se filiar a um dos quatro partidos que estão realizando os ajustes para a coligação proporcional. Uma coisa está praticamente sacramentada: ele caminha para não querer continuar na Alepe.
Senador – O deputado federal Daniel Coelho pode ser um grande nome na disputa pelo Senado. Ele tem todas as credenciais para o posto, e seria a grande novidade na eleição. Ainda que precisasse disputar por uma candidatura avulsa, suas chances ainda assim, seriam muito boas, pois atende alguns requisitos que a população vem solicitando.
RÁPIDAS
De casa – Apesar de ser vice-líder do governo Paulo Câmara, o deputado estadual Tony Gel possui um espaço muito aquém da sua representatividade. Ele nunca foi prestigiado como deveria e ainda teve que engolir José Queiroz comandando a poderosa Agricultura. Pessoas ligadas ao Palácio consideram que Tony é de casa e está fechadíssimo com o governador e mesmo que perca a eleição não ficará na chuva por muito tempo, pelo menos uma assessoria especial ele garante.
Nomes – Quem vê as contas das chapinhas para deputado estadual imagina que terão 120 vagas na Alepe em vez de 49. Além do mais, existem nomes que estão em pelo menos três chapinhas. A conta definitivamente não fecha, a dúvida é se tem alguém sendo enganado ou quer enganar os incautos.
Inocente quer saber – Guilherme Uchoa não quis ir ao encontro com o governador Paulo Câmara no Palácio?
Março vai se tornar o mês de prevenção e conscientização sobre a Microcefalia no Recife
A cidade do Recife registrou, de agosto de 2015 a janeiro deste ano, 419 notificações de crianças que podem ser portadoras da Síndrome Congênita do Zika, conhecida como Microcefalia – 71 desses casos, inclusive, já foram confirmados. A incidência da enfermidade na capital pernambucana, transmitida pelo Aedes Aegypti, mosquito que também é o vetor da Dengue e Chikungunya, preocupa autoridades e, sobretudo, os recifenses que planejam filhos. O vereador Alcides Teixeira Neto se incorporou à luta para diminuir os casos no município e propôs um Projeto de Lei na Câmara que institui março como o mês de prevenção e conscientização acerca da Microcefalia.
Em tramitação nas comissões da Casa, o PL de número 361/2017 sugere a instituição do Mês de Prevenção e Conscientização Sobre a Microcefalia, que deve acontecer anualmente no município, dentro do calendário oficial de eventos. A iniciativa prevê a realização de campanhas com o objetivo de esclarecer a população, técnicos e profissionais de saúde a respeito da Microcefalia; divulgar conhecimentos científicos e estimular o acompanhamento pré-natal.
A justificativa dada pelo vereador também aponta a possibilidade de financiamento de ações, a partir da dotação orçamentária do Programa de Gestão das Políticas Municipais de Saúde da Lei Orçamentária em vigor. “A Microcefalia é uma triste realidade que assola as famílias recifenses. Meu dever enquanto legislador é criar leis que ajudem a controlar ou até mesmo erradicar essa enfermidade. Queremos juntar todos – população e poder público – nessa luta contra a Microcefalia, o mosquito Aedes e também contra as outras doenças transmitidas por ele. Juntos, seremos mais fortes e venceremos essa guerra”, destacou Alcides Teixeira Neto.
*AUDIÊNCIA PÚBLICA* – Para mobilizar os diferentes atores na defesa da causa e debater medidas a serem adotadas, o vereador vai promover uma audiência pública na Câmara Municipal no próximo dia sete de março, a partir das 9h. Serão convidados, além de vereadores e representantes da Prefeitura do Recife, entidades da sociedade civil que militam nessa área. “Não temos muito tempo, precisamos agir o quanto antes. Conto com o apoio dos meus colegas vereadores, do prefeito e também dessas entidades para vencermos a Microcefalia”, pontuou Alcides.
Deputados de Paulo Câmara querem implodir chapinha
A confusão não parece ter fim, deputados do PSB e partidos ligados decidiram pressionar o governador para que ele imploda a chapinha montada ontem, pois chegaram à conclusão que o maior prejudicado é o governo com o risco de eleger somente dez deputados federais. Caberá ao governador Paulo Câmara muita habilidade neste caso, pois qualquer que seja o resultado não tem a menor hipótese de todo mundo ficar satisfeito.
Sete deputados seguem Guilherme no rompimento com Palácio
A saída de Guilherme Uchôa do PDT e possivelmente da base de Paulo Câmara já tem um impacto direto no partido, pois os quatro deputados da sigla sairão da legenda para trilhar um novo caminho. Mas não é só isso, pelo menos quatro deputados que compõem a base do governador já decidiram que seguirão o caminho de Guilherme pra onde ele for. Portanto oito deputados já podem figurar a bancada de oposição em março devido a decisão do PDT de negar legenda a Júnior Uchôa para deputado federal.
Coluna do blog desta quinta-feira
O fato político que pode impactar na eleição
A decisão de o PDT integrar uma chapinha ao lado de Solidariedade, PP, PCdoB e talvez PSL já rendeu o primeiro problema para que o governo Paulo Câmara tenha que administrar. Amparado pelo conjunto da chapinha, que proibiu a entrada de quem tivesse mais de 50 mil votos numa resolução decidida no apartamento de Augusto Coutinho, o deputado federal Wolney Queiroz apresentou a situação ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e justificou o veto ao nome de Júnior Uchoa para ser candidato a deputado federal.
Esse movimento foi interpretado pelo presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchoa, como algo que teve a anuência do PSB e do Palácio do Campo das Princesas, que recentemente deu céu, mar e terra ao PDT quando entregou a Wolney o comando da poderosa secretaria de Agricultura.
Diante do cenário posto, Guilherme esteve em Brasília para se reunir com Lupi, que comunicou a decisão tomada por Wolney. Junior Uchoa acompanhou a reunião. Na volta para a capital pernambucana, o presidente da Alepe, profundamente magoado com o PDT e com o PSB, anunciou que no dia 3 de março estará oficializando a sua desfiliação do partido por onde militou por duas décadas. Seu filho, que é filiado ao PSB, também sairá do partido do governador.
O presidente interpretou que o governo quis forçar a barra para que Júnior ficasse no PSB, o que na ótica dele poderia até ocorrer, desde que houvesse um convencimento com argumentos justos. Ficou parecendo que o governo estaria querendo amarrar os dois no partido para não haver perigo de rompimento.
Este fato, por se tratar de um relevante ator da política pernambucana, uma vez que Guilherme tem controle quase que absoluto da Alepe, e grande interlocução com o poder judiciário, pois já exerceu os cargos de juiz e desembargador, poderá ter um impacto significativo na eleição de outubro, uma vez que ele pode exercer uma espécie de fiel da balança no processo eleitoral.
Força – O deputado federal Augusto Coutinho, que está no segundo mandato na Câmara dos Deputados, tem um grande prestígio em Brasília. Além de ser uma figura bastante respeitada pelos pares, vem exercendo grande peso na política por ter grande interlocução no governo federal. Além do mais, Coutinho comanda um importante partido no estado, que é o Solidariedade.
Defesa – A senadora Rose de Freitas fez uma defesa bastante contundente ao deputado Jarbas Vasconcelos durante a reunião da executiva nacional, que deliberou sobre o novo pedido de dissolução no diretório estadual do MDB. O vice-governador Raul Henry comemorou a postura da senadora.
Aposta – Parte expressiva da bancada federal de Pernambuco acredita que a questão do MDB será resolvida a favor de Fernando Bezerra Coelho por conta de que essa questão jurídica tende a ter um desfecho pelo fator interna corporis, e que Jarbas e Raul não pagarão pra ver, ficando até depois do dia 7 de abril quando se encerra o prazo de filiação.
Lixões – A procuradora geral do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), Germana Laureano, vai encaminhar ao Ministério Público do Estado (MPPE) o estudo e banco de dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre os “lixões” em Pernambuco. TCE e MPCO querem que os prefeitos sejam responsabilizados por possível improbidade e crime ambiental. Dos 184 municípios, 114 continuam despejando os resíduos sólidos em “lixões”. “O despejo de grandes quantidades de lixo em locais inadequados contribui para que o chorume e os gases tóxicos, produzidos pela decomposição do material, contaminem o solo, os lençóis freáticos, as reservas de água potável e o ar que respiramos, implicando sérios riscos à saúde humana, e provocando a morte de animais e a destruição da flora local”, alerta o estudo do TCE. O Estado de Pernambuco tem apenas 13 aterros sanitários para descartar o lixo corretamente, quando seriam necessários, no mínimo, 54 locais.
Em alta – A especulação sobre o nome do deputado federal Jorge Côrte Real (PTB) para assumir o Ministério do Trabalho mostrou que o parlamentar está com muita moral em Brasília. Seu nome foi defendido pela bancada e comentado por boa parte da imprensa nacional, que inclusive elogiou a indicação. Porém o próprio deputado recusou a oferta afirmando que será candidato à reeleição em 2018.
RÁPIDAS
Valor – Por conta do fundo partidário, do tempo de televisão e agora do fundo eleitoral, o peso de um deputado federal se tornou fundamental para um partido político, que terá que sobreviver a uma cláusula de barreira cada vez mais rígida. Ter deputado federal eleito pelo partido virou questão de vida ou morte para os partidos políticos, que não farão tanta questão de eleger senadores e governadores, mas sim deputados federais.
Candidatura – Apesar da rejeição, em Brasília quase todos dão como certa a candidatura de Michel Temer a reeleição depois do processo de intervenção no Rio de Janeiro. Temer gostou do cargo e não teria absolutamente nada a perder tentando um novo mandato. A pauta de segurança pública pode ser o movimento que faltava ao presidente para consolidar sua tentativa de conquistar um segundo mandato.
Inocente quer saber – Onde já se viu um candidato ser rejeitado num partido por excesso de votos?
Guilherme Uchoa sai do PDT em março
Filiado há duas décadas ao PDT, o presidente da Alepe deputado Guilherme Uchôa decidiu pôr um fim ao casamento com o partido. O motivo foi o fato de o PDT negar legenda ao herdeiro de Guilherme, Júnior Uchôa, que é pré-candidato a deputado federal. Guilherme disse que em março anuncia a saída do PDT, e está decidido que não entra em hipótese alguma no PSB, Júnior também assinará sua desfiliação do partido do governador.
Rompimento a vista?
O presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchôa, esteve em Brasília para participar de uma reunião com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. O assunto era a filiação de Junior Uchôa ao partido. Como o PDT integrará a chapinha para federal, a versão alinhavada foi que não se aceitaria gente com mais de 50 mil votos, então acabou que Júnior Uchôa recebeu um veto por excesso de votos, uma vez que é candidato de mais de 100 mil votos. Porém, o que se comenta é que o veto teria partido do próprio Wolney que tem o comando absoluto do partido e não quer sombra. Diante do cenário, há quem diga que o presidente Guilherme Uchôa está a beira de um rompimento com o PSB, que deu um grande espaço a Wolney em detrimento da sua representatividade política. Temos que aguardar os próximos passos desta novela.
Carlos Marun: “O candidato é Michel Temer”
O ministro da secretaria de governo Carlos Marun afirmou na reunião da executiva nacional do MDB que o governo tem candidato e terá um discurso e ele se chama Michel Temer. A afirmação de Marun somente corroborou o que já se comentava em Brasília.