
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 79 anos, deu entrevista, ontem, para o programa “Fantástico”. Foi a oitava vez que o petista falou com exclusividade para veículos ou programas do Grupo Globo em 2024. O objetivo era que ele explicasse sobre como se sentia depois dos procedimentos cirúrgicos a que foi submetido no Hospital Sírio-Libanês na semana passada. O tom da conversa com a repórter Sônia Bridi foi ameno, mas a edição do material resultou num tom crítico na reportagem.
A edição da entrevista apresentada no “Fantástico” teve questionamentos diretos a Lula sobre duas afirmações recorrentes do presidente. As informações são do portal Poder360.
Lava Jato e prisão – Lula afirmou que gostaria que os acusados de golpe de Estado em 2022 – numa citação direta à recente prisão do general Braga Netto – tivessem amplo direito de defesa, algo que ele disse que não teve quando foi preso por ter sido acusado e condenado por crimes que foram apontados pela operação Lava Jato.
Na edição da entrevista colocada no ar pelo “Fantástico”, a repórter Sônia Bridi faz um histórico do que se passou, deixando claro que a afirmação do presidente estava imprecisa ou até errada: “Presidente, se o senhor me permite, quando o senhor foi preso e condenado, o senhor passou por várias instâncias da Justiça. O senhor considera que nesse processo todo da justiça, todas as instâncias, o senhor não teve um direito de defesa?”. Lula repete que não teve direito de defesa. Aí a edição do “Fantástico” explica interrompendo a entrevista: “Quando o presidente Lula foi preso em 2018 no caso da cobertura do Guarujá, contou com participação da defesa dele em todas as etapas do julgamento. Na época, o entendimento do Supremo Tribunal Federal era de que condenados em 2ª instância poderiam ser presos. Esse entendimento mudou em 2019”.















