O deputado Gilmar Júnior (PV) foi à tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na tarde desta quarta-feira (2), destacar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 2 de abril. O parlamentar, que é presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência e Atipicidades da Casa, apontou a necessidade de mais investimentos em diagnósticos precoces, suporte às famílias, qualificação dos professores e acesso às terapias.
O parlamentar frisou que a inclusão não pode ser apenas uma questão tratada em campanhas eleitorais, mas uma prática diária em todos os âmbitos da sociedade. Gilmar Júnior acrescentou que no processo de inclusão social encontram-se barreiras como o preconceito e a ignorância.
“Todos nós temos o compromisso de derrubar esses muros. No Brasil, estima-se que cerca de dois milhões de pessoas estejam dentro do espectro autista. Mas esse número ainda pode ser maior, porque muitos ainda estão sem diagnóstico, acolhimento e direitos mais básicos”, enfatizou Gilmar Júnior.
O presidente da comissão, enfermeiro de carreira, destacou que as pessoas dentro do espectro têm dificuldades para encontrarem políticas públicas que favoreçam o diagnóstico precoce. Ele compartilhou uma experiência pessoal, relatando que conheceu uma criança autista que o ensinou bastante sobre o tema. “Já imaginou o que é crescer sendo rotulado de difícil, estranho ou problemático, quando tudo o que se precisava é de compreensão, muitas vezes das escolas e lugares que frequentamos na infância?”, questionou o parlamentar.
Sobre o 2 de abril, Gilmar ressaltou: “é uma data que não é apenas simbólica, mas também é urgente. O autismo não tem rosto. Ele não tem uma única forma de se manifestar, ele é um espectro e, como todo espectro, ele é diverso, complexo e belo também”, declarou.
