
Em Pernambuco, onde a piscicultura é uma das bases da economia , a recente decisão do Governo Federal de reclassificar a tilápia como “espécie invasora” reacendeu tensões entre produtores, cooperativas e Brasília. O vereador do Recife, Gilson Filho, tem sido uma das vozes mais firmes contra a medida e agora amplia sua atuação ao visitar cooperativas locais para ouvir quem, segundo ele, “foi completamente ignorado pelo governo Lula”.
Durante a visita, Gilson conversou diretamente com piscicultores e produtores que, preocupados, relatam não terem sido consultados ou sequer informados sobre as razões técnicas da reclassificação. Para eles, a medida abre caminho para um impacto ainda mais grave: a importação de tilápia do Vietnã, país socialista que vem ampliando agressivamente sua produção para exportação sem qualidade.
Segundo Gilson, o governo priorizou lobby com a conhecida JBS, marcada por diversos escândalos no meio político e alinhamento ideológico antes de considerar os efeitos reais sobre a economia pernambucana. “Enquanto Brasília se curva a interesses que ninguém explica, quem vive da produção de tilápia está às escuras”, afirmou o vereador. Ele critica não apenas a ausência de diálogo, mas também o risco que a importação representa para milhares de trabalhadores que dependem diretamente da cadeia produtiva no Estado.
A preocupação se repete em praticamente todas as falas colhidas pelo vereador nas cooperativas. Produtores alegam insegurança, perda de competitividade e o medo de que a classificação como “espécie invasora” sirva apenas como justificativa burocrática para abrir o mercado brasileiro para peixes estrangeiros mais “baratos”.
Gilson ao lado do pai, Gilson Machado Neto, promete continuar ouvindo as cooperativas e levar todas as demandas à Câmara Municipal, reforçando que “Pernambuco não pode pagar a conta de uma decisão tomada sem transparência e sem ouvir quem realmente produz”. A expectativa é que o debate avance, já que a medida afeta diretamente o abastecimento, a renda de pequenos produtores e a segurança alimentar de milhares de famílias.
















