Lauro Jardim
Consta entre os inscritos para concorrer a uma casa do programa “Minha Casa, Minha Vida”, no Rio de Janeiro, em 2018, o nome da candidata à Prefeitura de Recife Delegada Patrícia (Podemos). As unidades, na Zona Oeste da cidade, eram destinadas às famílias com renda bruta de até R$ 1,8 mil por mês. À época, já delegada há dez anos em Pernambuco, o salário bruto de Patrícia era de R$ 21 mil.
A inscrição de Patrícia consta nos dados divulgados pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Apesar de inscrita, ela não foi sorteada.
A candidata, no entanto, nega que tenha se candidatado a ficar com a casa. Afirma que jamais se inscreveu em nenhum programa do tipo – no Rio de Janeiro ou qualquer outro lugar do Brasil. E que mesmo que tivesse se inscrito, ela não seria aprovada porque seus rendimentos não se enquadrariam nos exigidos pela lei. Patrícia disse também que, provavelmente, foi vítima de uma fraude e abriu um boletim de ocorrência na Polícia Civil para apurar o caso.
Procurada, a prefeitura do Rio de Janeiro informa que o nome de Patrícia está inscrito no programa desde janeiro de 2003, quando foi informada renda mensal de R$ 1,5 mil. A prefeitura também afirma que em 2018, data do edital, não houve a entrega de documentos e o nome de Patrícia segue na reserva técnica. E que caso “tivesse comparecido para a entrega da documentação exigida, e essa não se enquadrasse dentro do que prevê a lei, ela teria sido retirada da lista”.
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