Rafael da Silva Rodrigues, de apenas 6 anos, morador da cidade de Juazeiro, no interior da Bahia, enfrenta uma dura batalha por saúde e dignidade. Diagnosticado com autismo de nível 1, Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositor Desafiador, ele depende de cuidados médicos e terapêuticos constantes. No entanto, por falta de condições financeiras, está há quase dois anos com a documentação parada na Secretaria Municipal de Saúde, sem conseguir iniciar o tratamento multidisciplinar de que tanto precisa.
Atualmente, Rafael faz uso da medicação Respidonda, mas necessita urgentemente de acompanhamento com psicóloga, psicopedagoga, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e neuropediatra, com consultas a cada seis meses. Desde 2023, ele tem enfrentado problemas de saúde graves. Foi internado com pneumonia e anemia aguda, passando por transfusão de sangue. A gravidade da infecção comprometeu quase todo o pulmão direito, provocando a dilatação de um dos brônquios — condição que segue em monitoramento médico após encaminhamento para Salvador.
Mesmo após tomar a vacina reforçada Pneumo 15, o menino continua sofrendo com gripes recorrentes, febre alta e infecções na garganta. Recentemente, exames apontaram uma alergia severa a ácaros, o que exige mudanças profundas em sua rotina e ambiente: uso de colchões, travesseiros, lençóis e cobertores antialérgicos, além de um quarto sem móveis, com ar-condicionado, tinta lavável nas paredes e higienização duas vezes por semana.
Rafael está em tratamento com medicações de alto custo, como Elidel, Clenil HFA, Probiatop, Salsep Jet, Monax, Piemonte, Aerolin e Dexfer. Uma nova tomografia revelou um quadro de bronquiectasia — uma inflamação crônica e irreversível dos brônquios — exigindo fisioterapia respiratória contínua. Seu quadro clínico é delicado: qualquer gripe pode agravar a inflamação pulmonar e gerar complicações graves.
A família de Rafael faz um apelo urgente por atenção do poder público municipal e estadual para garantir o início imediato de um tratamento adequado. O caso reflete os gargalos da saúde pública em municípios do interior, onde a demora no atendimento pode comprometer de forma irreversível a qualidade de vida e o futuro de uma criança.
