O ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier Santos negou, nesta terça-feira (10/6), ter visto a minuta de golpe de Estado ou colocado tropas da Marinha à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele é interrogado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que retomou os depoimento dos réus na ação penal que investiga suposta trama golpista para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A sessão desta terça começou às 9h, com interrogatórios feitos pelos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Garnier negou a Moraes que não colocou tropas da Marinha à disposição de Bolsonaro. “O presidente (Bolsonaro) não abriu a palavras para nós. O presidente expressou para nós o que me pareceu muito mais preocupações e possibilidades”, afirmou.
O almirante também foi questionado por Moraes sobre a reunião em que teria sido apresentada uma proposta de intervenção. Ele reforçou que não houve apresentação de minuta. “Não vi documento. Não foi apresentado documento. Lembro que estava todo mundo com cara de quem comeu e não gostou”, afirmou.
“A reunião foi, no mínimo, estranha. Ela se encerrou antes de começar. Fiquei com a impressão que eu tinha chegado um pouquinho depois dos outros dois colegas. Estávamos os três sentados. Quando eu entrei, já percebi que tinha havido algum tipo de desentendimento, e a reunião foi encerrada. O ministro não abriu pauta adicional. Parecia estar chateado. Eu não tive participação ativa nessa reunião. Não vi assunto, completou.
Nessa segunda-feira (9/6), foram ouvidos o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem – atualmente deputado federal.
*Com informações do Metrópoles



