Estamos vivendo um tempo muito peculiar, não seria previsível nem pelos mais espertos futuristas do século passado. Conquistamos avanços tecnológicos magníficos, estreitamos distâncias e prolongamos a vida do ser humano como nunca se tinha visto antes. Mas a verdade é que na política as pessoas ainda insistem em apegar-se a ideias como quem se apega a uma religião. Afastam-se da lógica e da racionalidade, se fantasiam em ilusões e preconceitos pessoais e acabam por perderem o senso de comprometimento com as soluções que o país, estado e principalmente nossa cidade mais precisa!
Devemos ter o cuidado e a preocupação de estudar bem os dados, os fatos e a história, com suas experiências a fim de emitir pareceres e, sobretudo, embasar os votos para projetos de lei que vão influenciar a vida de milhares de pessoas!
O mais triste dos casos é a debochada evidência percebida pelos velhos políticos de que a discussão nas redes sociais se presta mais à discórdia do que à união da sociedade em torno de uma solução objetiva contra a terrível corrupção. Enquanto o eleitorado discorda entre si, os “campeões de promessas não cumpridas” estão usando toda a estrutura dos seus cargos para negociar favores e combinar apoios eleitorais.
Para as eleições municipais do ano que vem não precisamos disputar a melhor ideologia. Precisamos de diálogo e engajamento cívico de toda a sociedade! Pare de perguntar se o colega é de direita ou de esquerda! Encontre com ele um ponto de convergência e defenda-o, juntos! O inimigo comum não é a ideologia, é a corrupção escancarada dos que trabalham noite e dia não em soluções para os problemas que enfrentamos diariamente, mas para conquistar acima de tudo o poder, voto e privilégios pessoais.
Se não tivermos a capacidade de encontrar convergências propositivas, não vai ser preciso achar um bom vidente para identificar o trágico fim das nossas esperanças. Decretar-se-á, fatalmente, a falência das nossas instituições pela completa incompetência civilizatória do nosso povo e arruína do lugar que vivemos.
Alexandre Almeida é acadêmico em Direito, consultor de políticas públicas de juventude pela UNESCO e vice-presidente do Democratas de Goiana.
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