O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou, nesta terça-feira, mais um passo importante para a retomada dos investimentos da Petrobras na conclusão do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Ipojuca. Os primeiros contratos, que somam cerca de R$ 4,9 bilhões, foram assinados ontem com a Consag Engenharia S.A. O anúncio marca uma nova etapa na expansão da capacidade de refino da estatal no país e segue a estratégia do governo do presidente Lula de retomar o protagonismo do Porto de Suape.
Vale ressaltar que a retomada dos aportes bilionários no terminal portuário pernambucano vem após Suape passar por seis anos de paralisia de investimentos nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro. Após a assinatura do contrato Costa Filho destacou a importância estratégica do projeto para o desenvolvimento econômico do Nordeste e para a reindustrialização nacional.
“Infelizmente, nos dois anos do governo Temer e quatro anos do governo Bolsonaro, a refinaria ficou paralisada. O presidente Lula, assim que assumiu o governo, tomou a decisão política de retomar essa obra fundamental para o desenvolvimento do Estado. Este é um momento histórico para Pernambuco e para o Brasil. A retomada das obras da RNEST representará mais de 30 mil novos empregos, movimentação econômica, fortalecimento da cadeia logística e reafirma o papel do Estado como indutor do crescimento”, afirmou o ministro.
Os contratos contemplam a implantação de três unidades industriais: a Unidade de Coqueamento Retardado (UCR), a Unidade de Hidrotratamento de Diesel S10 (UHDT-D) e a Unidade de Destilação Atmosférica (UDA). Juntas, elas vão ampliar significativamente a capacidade de refino da RNEST, que passará dos atuais 130 mil barris/dia para 260 mil barris/dia até 2029, tornando-se a segunda maior refinaria da Petrobras.
O ministro de Lula também ressaltou o impacto positivo da expansão da RNEST na logística portuária da região, especialmente no Porto de Suape. “A refinaria tem uma ligação direta com Suape, que será ainda mais demandado com o aumento da produção de derivados de petróleo. Estamos trabalhando para garantir que o porto esteja pronto para essa nova realidade, com investimentos em infraestrutura e eficiência logística”, pontuou.
Segundo estimativas da Petrobras, as obras do Trem 2 devem gerar cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos, dinamizando a economia local e regional. Além disso, o projeto incorpora soluções tecnológicas e ambientais modernas. Em 2024, a RNEST já havia iniciado a operação da unidade SNOX, primeira do tipo no refino brasileiro, capaz de reduzir significativamente as emissões de óxidos de enxofre (SOx) e nitrogênio (NOx), além de viabilizar a produção de ácido sulfúrico. “O governo do presidente Lula está comprometido com o desenvolvimento sustentável e regional. E essa obra é um símbolo desse compromisso: promove a transição energética, respeita o meio ambiente e gera oportunidades reais para o povo nordestino”, destacou Silvio.
Com o avanço da RNEST, o Nordeste se consolida como um polo estratégico no novo ciclo de investimentos da Petrobras, especialmente no que se refere à ampliação da capacidade de refino e à distribuição de combustíveis com menor impacto ambiental. “O Nordeste é prioridade na agenda do governo federal. Essa expansão da RNEST não é apenas uma obra de engenharia, é uma resposta concreta à necessidade de desenvolvimento regional e redução das desigualdades históricas do país”, finalizou o ministro.
Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, “a RNEST é estratégica para o Brasil, hub da Petrobras nas regiões Norte e Nordeste. Os contratos para a retomada das obras do Trem 2 da refinaria revelam o compromisso da empresa com o desenvolvimento do país, representando a expansão da nossa capacidade de refino e viabilizando o aumento da produção de derivados para atender às demandas da sociedade e do mercado”.
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