O senador Humberto Costa (PE) teve o nome referendado, nesta quinta-feira (20), pelo Diretório Nacional do PT para o cargo de presidente nacional do partido. O ato convalida a decisão da Executiva Nacional do último dia 7 e, com isso, o senador deixa de ser interino para assumir, em definitivo, a vaga aberta com a nomeação de Gleisi Hoffmann para ministra de Relações Institucionais. Logo após a decisão, Humberto recebeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que foi à sede do PT, em Brasília, conversar sobre a conjuntura política e econômica do país.
O ministro da Fazenda fez uma explicação detalhada ao comando do partido sobre a reforma da renda enviada pelo governo Lula ao Congresso Nacional na última terça-feira. Haddad defendeu a justiça tributária da medida, que vai isentar da cobrança de imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil mensais e reduzir a alíquota de quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês. Com a decisão do governo, 90% dos contribuintes brasileiros que pagam imposto de renda como pessoa física serão beneficiados.
“É a maior alteração do IRPF na história recente do Brasil. Uma medida de justiça social, prometida pelo presidente Lula nas eleições de 2022 e agora cumprida. Essa renúncia de R$ 25,8 bilhões será, com justiça, arcada por quem ganha muito e não paga nem o mínimo”, explicou o presidente nacional do PT. Pela regra prevista no projeto de lei, haverá alíquota progressiva para quem ganha a partir de R$ 600 mil anuais chegando, no máximo, a 10% para aqueles que ganham mais de R$ 1,2 milhão.
“De fato, 140 mil pessoas que ganham muito pagarão um pouco mais para que 10 milhões que ganham menos paguem menos. Nada mais justo”, defendeu Humberto Costa. A expectativa é de que pessoas que ganham até R$ 5 mil e, hoje, pagam imposto de renda passem, depois que a medida entrar em vigor, a ter um salário a mais por ano com o que vão economizar em razão da isenção.
