Uma aliança próxima de se tornar irreversível
A visita do ex-presidente Lula a Pernambuco confirmou uma informação que os bastidores da política já sabiam, que seria um encontro do petista com a viúva de Eduardo, Renata Campos e o governador Paulo Câmara, que ocorreu na noite de ontem na residência da família do ex-governador Eduardo Campos. Apesar das objeções de alguns petistas, Lula fez a visita e demonstrou no seu gesto o que ele está buscando, que é a melhor condição para a candidatura do PT em 2018.
Na aliança com Paulo Câmara, Lula não precisará se preocupar em viabilizar a campanha no estado, que ficaria a cargo do PSB. Além disso, Lula estaria levando para a sua coligação, que contaria hoje com PT e PCdoB, o PSB, reeditando a Frente Brasil Popular de 1989. A aliança praticamente garantiria a eleição de Humberto Costa para deputado federal, uma vez que João Paulo já teria comunicado a Lula que tentará um mandato de deputado estadual.
A conta passa, inclusive, por dar as condições mínimas para que Marília Arraes seja candidata a deputada federal, o que seria uma saída honrosa pra ela depois de romper com o PSB e ser obrigada a integrar a mesma coligação em 2018. Marília também teria a garantia do PT de que teria espaço no guia e não precisaria passar pelo constrangimento de pedir votos para o PSB.
No caso de Teresa Leitão, a mesma lógica de Marília seria aplicada a ela. Na equação, o PSB indicaria Paulo Câmara para a reeleição, e Lula entraria no circuito para atrair o PDT de José Queiroz que seria indicado ao Senado. A outra vaga seria destinada a Luciana Santos, do PCdoB. A respeito do vice, tanto o PT poderia indicar, como também o PR, o PP ou o PSD, uma vez que a ordem é evitar que esses três partidos debandem da Frente Popular.
Na equação, o PSB abdicaria de alguns espaços no governo já para abrigar petistas e pedetistas a ponto de facilitar o argumento da aliança mais à esquerda costurada por Lula e Renata Campos em torno de Paulo Câmara.
Vice – Na esteira da aliança entre PT e PSB, o nome de Renata Campos ganhou força nos bastidores para ser candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Lula em 2018. Apesar de Renata declinar da entrada na política, deverá ser convencida a mudar de ideia em prol de um projeto maior, que seria a reeleição de Paulo Câmara.
Federal – Caso se confirme a ida de Luciana Santos para o Senado na chapa de Paulo Câmara, o ex-prefeito de Olinda Renildo Calheiros será candidato a deputado federal pelo PCdoB. Renildo deixou o mandato em Brasília mas nunca se adaptou ao cargo de prefeito. Terá a oportunidade de voltar a fazer o que ele realmente gosta.
UNICEF – Na manhã desta sexta-feira, o prefeito Geraldo Julio recebe em seu gabinete a atleta paralímpica norte-americana Lucy Meyer, Porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para crianças com deficiência. A paratleta visita o Recife para participar, dentre outras atividades, dos Jogos Locais das Olimpíadas Especiais, ação esportiva e de saúde para pessoas com deficiência intelectual, que terá a abertura realizada no sábado (26) às 9h no Compaz Ariano Suassuna.
Confusão – Na JSB, a situação segue complicada. João Suassuna não aceita que haja aclamação no próximo domingo do nome escolhido pelo PSB e fez uma crítica contundente ao processo de escolha. João defende o nome de Rhayann Vasconcelos para a presidência estadual do segmento jovem do partido, mas o diretório quer indicar outro nome.
RÁPIDAS
Clássico – Caso se confirme a candidatura de Fernando Bezerra Coelho a governador pelo PMDB, será a quinta vez que PMDB e PSB rivalizam uma disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, que foram 1994, 1998, 2002 e 2010.
Fora – Jarbas Vasconcelos não vive um bom momento, depois de ter ciência que não terá o comando do PMDB, viu Paulo Câmara se aproximar de Lula. Jarbas poderá acabar ficando no PMDB de Fernando Bezerra Coelho tendo a garantia de que Raul Henry terá a vida resolvida. Com Lula ele não sobe no palanque.
Inocente quer saber – Paulo Câmara fez a melhor opção ao escolher a aliança com Lula?
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