O presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros recebeu, nesta quarta-feira (18), na Assembleia Legislativa de Pernambuco, um grupo de autoridades que militam contra as drogas. Estava na comitiva o presidente da Confederação Nacional de Comunidades Terapêuticas (CONFENACT), Adalberto Calmon, da Fazenda da Esperança, o secretário estadual de Prevenção à Violência e as Drogas de Pernambuco, Cloves Benevides, o deputado Pastor Cleiton Collins (PP) e a Vereadora do Recife Missionária Michele Collins (PP), que na ocasião estava representando a Federação das Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil (FETEB) e os voluntários da Fazenda Esperança, Rafael Antunes e Edson André Ramos.
Michele Collins explicou a importância desse encontro mostrando unidade entre duas entidades religiosas. “Não existe divisão. Isso mostra a união dessas duas entidades para o cuidado com pessoas com relação problemática com as drogas. Esse é um movimento que a Igreja Católica faz junto a Igreja Evangélica para defender a vida contra as drogas que tem destruído famílias pelo Brasil”, explicou.
O presidente da CONFENACT aproveitou o momento para entregar ao presidente da Alepe toda documentação pertinente à regulamentação, Leis, portarias das comunidades terapêuticas no Brasil, a política de drogas, a nova lei de drogas.
J. Cícero Costa diz
Partilho da opinião de que Política e Religião não se devem misturar. Sempre que se misturam dogmas religiosos com temas políticos e sociais fica ameaçado o ideal democrático de toda a nação.
A nossa Constituição contempla a pluralidade de crenças e a liberdade de culto, princípios básicos dos Estados laicos. Não somos, portanto, uma teocracia, como querem alguns parlamentares da bancada evangélica na Câmara federal.
A imisção de doutrina religiosa em assuntos políticos abre um perigoso precedente para que preceitos religiosos de caráter dogmático se imponham sobre a administração pública como um todo, limitando ou suprimindo a liberdade de agir e interagir das pessoas, o que resultaria no domínio de grupos político-religiosos sobre os demais estratos da sociedade, estimulando o aumento da intolerância de uns sobre outros, que poderia evoluir para o fundamentalismo, o qual resulta quase sempre em conflitos sangrentos motivados pela fé, a exemplo do que ocorre em Estados do Oriente Médio.