Estudos comprovam que receber animais de estimação nos hospitais traz diversos benefícios à saúde, como aumento da autoestima, redução de dor, ansiedade e depressão, diminuição da pressão sanguínea e sistema imunológico mais resistente. Comum em países como os Estados Unidos, a permissão dessas visitas a pacientes tem crescido no Brasil e, em breve, os hospitais de Pernambuco também poderão abrir suas portas aos pets. Na última quarta-feira (11), a Comissão de Saúde da Alepe aprovou o Projeto de Lei 389/2019, estabelecendo critérios para a prática.
Através de um substitutivo apresentado pelo colegiado de Constituição, Legislação e Justiça, o texto permite que qualquer animal que possa ter contato com os seres humanos sem causar perigo tenham permissão para visitar tutores internados em hospitais públicos ou privados de todo o estado de Pernambuco. Cães, gatos, hamsters, tartarugas, coelhos, pássaros, entre outros animais terão acesso às unidades de saúde.
A proposta reconhece a importância terapêutica e o conforto psicológico que o contato com os animais dá aos pacientes, mas observa regras de acordo com o que Organização Mundial de Saúde estabelece. A visita só poderá ocorrer com a companhia de algum familiar do paciente internado ou de pessoa acostumada a manejar o animal, que deverá transitar dentro de caixa de transporte adequada ao seu tamanho e espécie, com exceção dos casos de cães de grande porte.
Outras precauções têm que ser tomadas: a visita só pode acontecer com autorização do médico do paciente e em um local específico do ambiente hospitalar (quarto de internação, sala de estar específica ou, no caso de cães de grande porte, no jardim interno, se houver); ainda no caso de caninos, o animal deverá ter equipamento de guia, com coleira e, quando necessário, com enforcador. O texto também estabelece que a carteira de vacinação do pet deva estar em dia e a entrada na unidade hospitalar ser aprovada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.
“A internação não é uma coisa agradável. O isolamento, a distância de casa, da família, enfim, são fatores que não contribuem em nada com a saúde do paciente. Então, essa é uma questão que precisa ser pensada do ponto de vista de quem está doente. Estudos e casos recentes de expressiva melhora no quadro de saúde de pacientes internados há um longo período fortalecem a importância da aprovação desta proposição”, avalia Romero Albuquerque, autor do projeto.
O projeto ainda observa que não será permitido o ingresso dos animais em alguns setores hospitalares, como áreas de isolamento, quimioterapia, transporte, assistência a pacientes vítimas de queimadura, UTIs, farmácia, área de preparo de medicamentos, central de material e esterilização e áreas de manipulação de alimentos. A matéria ainda vai tramitar por outros colegiados antes de seguir para discussão no plenário.
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