A reforma administrativa da Prefeitura do Recife voltou a ser tema de embates na Câmara Municipal. Líder da oposição na capital pernambucana, o vereador Renato Antunes (PSC) afirmou que o ato de extinção de 295 cargos comissionados foi uma manobra do executivo, para esconder o verdadeiro motivo do projeto, que foi o aumento de secretaria.O parlamentar afirmou que ficou surpreso, após uma semana, a prefeitura lançou edital para contratação de mais de 3.330 cargos terceirizados.
Renato Antunes afirmou que os contratos de terceirização deverão atingir mais de R$ 183 milhões. O vereador informou que tomou como base as informações contidas nos PL 002/19, contabilizando mais de R$ 134 milhões e cerca de 2.326 postos de trabalho para a área de educação, e o PL 003/19 somando mais de R$ 48 milhões e 1.010 postos de trabalho para a área de saúde.
“Eu alertei que o argumento do prefeito, que essa mini-reforma administrativa iria trazer R$500 mil reais de economia aos cofres públicos por ano, não eram reais. Pois ele não deixou claro como aconteceria esta economia. E garanti que teríamos um aumento de custeio, pois tivemos a criação de mais quatro secretarias. Uma semana depois, temos acesso a essa informação que merece ser esclarecida, principalmente para o povo do Recife”, comentou Antunes.
Gestor governamental de carreira, Antunes sinalizou que há sobrepreço nas propostas de contratação de terceirizados. “Há erros técnicos nos editais que colocam preço global e não por lotes, impedindo que empresas pequenas participem. Quando coloca 10% no valor do patrimônio, como condição de participação, a empresa tem de ter capital de R$ 4 milhões, as pequenas não têm”, finalizou o vereador.
