Não são de hoje as rusgas do senador Fernando Bezerra Coelho com o PSB de Pernambuco. Eleito ao lado do governador Paulo Câmara em 2014, o senador sequer conseguiu emplacar o secretário de Desenvolvimento Econômico, perdeu a parada para Thiago Norões e o comunicado de Paulo Câmara a Fernando se deu por uma mensagem de WhatsApp nas vésperas do anúncio oficial do secretariado. O episódio fez com que Fernando e seus filhos sequer participassem da solenidade.
O tempo passou e o desgaste continuou, numa espécie de guerra fria entre o governador e o senador, nem mesmo a garantia de legenda do PSB a Miguel Coelho em vez de Lucas Ramos, foi suficiente para acalmar os ânimos, pois o governador Paulo Câmara trabalhou pessoalmente para melar a indicação de Fernando Filho para o ministério de Minas e Energia de Michel Temer.
Hoje Fernando é o político pernambucano mais forte junto ao presidente Michel Temer, e há quem diga que não existem provas que venham incriminar o senador na Lava-Jato, o que o deixaria livre para disputar o Palácio do Campo das Princesas, pelo PMDB de Michel Temer. Fernando tomaria o partido de Jarbas Vasconcelos, que há muito não tem representatividade no partido.
Junto com FBC iriam os deputados federais João Fernando Coutinho e Marinaldo Rosendo, além de outros deputados estaduais que estariam insatisfeitos com setores do núcleo político do Palácio do Campo das Princesas, apesar de sempre frisarem que o governador Paulo Câmara não cria nenhum obstáculo aos deputados, mas sua equipe estaria lhe levando a dificuldade. Só não era considerada a debandada porque não havia nenhum nome que empolgasse.
Fernando seria o cabeça de chapa e levaria consigo Mendonça Filho, Bruno Araújo, Raul Jungmann e Armando Monteiro para uma espécie de reedição da União por Pernambuco, desta vez sem a presença de Jarbas, que junto com Raul Henry teriam que buscar abrigo no PSB. Se confirmadas essas informações, eis que surgiria o grande fato para as eleições de 2018 em Pernambuco.
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