Uma lei de autoria do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Eriberto Medeiros (PSB), presta uma homenagem (in memoriam) ao ex-deputado estadual e ex-prefeito de Caruaru Drayton Nejaim. Por meio da lei nº 17.740/2022, fica denominada de Rodovia Deputado Drayton Nejaim a PE-149, no trecho que liga a entrada da BR-104, em Agrestina, até o município de Altinho, no Agreste do Estado.
A referida lei do deputado Eriberto Medeiros reconhece os relevantes serviços prestados pelo deputado Drayton Nejaim à sociedade pernambucana, em especial no Agreste, onde teve uma notória atuação durante sua vida pública. Em sua trajetória política, ele exerceu o cargo de deputado estadual por cinco vezes e esteve como prefeito de Caruaru por 12 anos.
Filho de Olindina Ferraz Nejaim e de Jayme Nejaim, comerciante de origem libanesa que foi o primeiro prefeito de Riacho das Almas, Drayton Jayme Nejaim nasceu em Caruaru, no dia 2 de novembro de 1929. Iniciou sua vida pública logo após se formar em direito, sendo eleito em 1953, aos 23 anos de idade, para seu primeiro mandato como Deputado Estadual, pela União Democrática Nacional (UDN).
Reeleito para a Assembleia Legislativa de Pernambuco no pleito seguinte, Drayton ocupou a liderança do governo de Cid Sampaio na Casa de Joaquim Nabuco. Em 1963, Drayton Nejaim concorreu pela primeira vez a Prefeito de Caruaru, vencendo as oligarquias que comandavam a cidade e voltando seus esforços, acima de tudo, ao combate à pobreza.
No pleito de 1968, Nejaim concorre e vence, mais uma vez, as eleições para Deputado Estadual, voltando a assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco no ano de 1969, em seu terceiro mandato como parlamentar. Em 1976, Drayton Nejaim sagrou-se, novamente, eleito para prefeito da Capital do Agreste.
No pleito de 1982, Drayton foi eleito com 30 mil votos para retornar à Assembleia Legislativa de Pernambuco, sendo este o seu quinto e último mandato na Casa de Joaquim Nabuco. Em 1986, ao final do mandato como deputado estadual, Nejaim foi nomeado curador de indiciados da Secretaria da Justiça no governo de Roberto Magalhães, último cargo que assumiu e pelo qual se aposentou. Ele faleceu no dia 14 de agosto de 2010, aos 80 anos de idade, vitimado por um câncer no pulmão, deixando como legado suas lições de vida, cidadania, seriedade na política e o espírito humanista.
