O Santa Cruz disputará a partir deste domingo em São Luís o título de campeão brasileiro da terceira divisão. Parece pouco mas não é. Conquistar esse campeonato tem um simbolismo de quebrar um tabu de nunca haver conquistado um título nacional. Batemos na trave em 1975 na primeira divisão quando fomos eliminados pelo Cruzeiro na semi-final com um jogo de arbitragem até hoje questionável.
Em 1999 num acordo de compadres subimos junto com o Goiás para a Série A com um empate por 0x0 no Serra Dourada que classificou os dois clubes, eliminando o Vila Nova, rival do clube esmeraldino. Em 2005 chegamos mais próximos de um título nacional onde chegamos até a dar uma volta olímpica. Vencemos a Portuguesa por 2×1 de virada com o Arruda abarrotado de gente e bastava um empate entre Grêmio e Náutico que o título era nosso. Mas como sabemos, o episódio chamado Batalha dos Aflitos vencido pelo Grêmio nos tirou o título.
Em 2011 na final da Série D enfrentamos o Tupi de Minas Gerais e certamente por salto alto da comissão técnica e jogadores perdemos por 1×0 em Minas e 2×0 no Arruda. O título da Série D que era dado como certo por muitos se esvaiu. Agora estamos com grandes chances diante do respeitadíssimo Sampaio Corrêa de conquistar o nosso primeiro título nacional na nossa história quase centenária.
O simbolismo dessa conquista abre espaços para a consolidação nacional do Santa Cruz. Um clube que possui uma história incrível de superação e quebra de paradigmas. O ressurgimento do Santa Cruz, começado em 2011 com a saída da famigerada Série D será consolidado com esse título. O acesso que era o grande objetivo do ano já foi alcançado, mas o Santa Cruz já mostrou que pode mais.
Por essa multidão tamanha, gente pobre que te aclama, lembra o ouro que se apanha nos cascalhos e na lama, esse ouro é sangue, é vida, é delírio, raça e amor, a bandeira tão querida, a bandeira tricolor. Uma voz proclama e canta, é a voz da multidão: Santa Cruz Campeão!
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