Postura de Aécio Neves não beneficia oposição nem o PSDB
O senador Aécio Neves desde a saída de Marina Silva da disputa para a entrada de Eduardo Campos que estava num confortável segundo lugar nas pesquisas e considerava a candidatura do PSB como de oposição, mesmo sabendo que Eduardo Campos tivera sido ministro de Lula.
Enquanto a candidatura do PSB, na ótica do presidenciável tucano, servia de linha auxiliar para o seu projeto, estava tudo as mil maravilhas. Bastou Eduardo Campos morrer e Marina Silva subir feito um foguete e mandá-lo para o terceiro lugar nas pesquisas, que ele decidiu partir para o ataque contra a candidata do PSB.
A culpa do PSDB hoje minguar desta maneira na eleição presidencial é do próprio Aécio, que em 2010 na disputa presidencial em Minas Gerais mobilizou o AnastaDilma, que foi o voto casado no seu candidato a governador Antônio Anastasia e na presidente Dilma Rousseff. Aquela derrota de José Serra ajudou a enfraquecer mais ainda o PSDB.
Vale salientar que em 2008, Aécio Neves foi buscar no PSB de Marina Silva a candidatura de Márcio Lacerda a prefeito de Belo Horizonte, instituindo uma aliança esdrúxula com o então prefeito Fernando Pimentel, do PT.
Partindo desse pressuposto que o senador Aécio Neves não se preparou para presidir o Brasil, sendo incoerente com o seu partido e pensando exclusivamente na sua situação eleitoral, ficou evidente que em 2014 ele mesmo sendo o candidato de direito do PSDB, não seria o de fato, porque Geraldo Alckmin e José Serra, sumariamente abandonados por ele em 2006 e 2010, decidiram dar o troco.
Agora que a oposição tem chances reais de tirar o PT do governo federal com a candidatura de Marina Silva, Aécio Neves em vez de respeitar a vontade das urnas e a capacidade da candidata do PSB conseguir o que o PSDB não conseguiu, prefere novamente pensar no seu próprio umbigo e acaba contribuindo para que o PT possa ganhar fôlego e continuar no poder por mais quatro anos.
André Campos – Buscando o quarto mandato na Casa Joaquim Nabuco, André Campos (PSB) lançou mão das propagandas por e-mail. Na peça enviada aos eleitores, André diz que foi vereador de Recife e Jaboatão, secretário de turismo do Recife, vice-presidente da Alepe e presidente do Náutico.
Fernando Bezerra Coelho – O PSB deveria colocar a ciumeira de lado e arregaçar as mangas para eleger Fernando Bezerra Coelho senador. Se Paulo for eleito governador e FBC perca, os três senadores serão de oposição, o que dificultará o diálogo e a obtenção de recursos para obras do governo do estado. Além do mais, João Paulo eleito se torna uma forte ameaça a reeleição de Geraldo Julio em 2016.
José Serra – Em São Paulo o ex-governador José Serra está correndo sérios riscos de perder a disputa pelo Senado para Eduardo Suplicy, que já é senador. A situação lá é de empate técnico. Em caso de derrota, Serra porá fim a sua brilhante carreira política como deputado, senador, ministro, prefeito, governador e candidato a presidente da República.
Perdendo em casa – Em Minas Gerais, reduto de Aécio Neves, o PSDB corre riscos reais de perder a eleição para Fernando Pimentel. O candidato Pimenta da Veiga até agora não conseguiu reagir nas pesquisas. Em caso de derrota, Aécio Neves sairá infinitamente menor do que entrou na eleição.
RÁPIDAS
Marinaldo Rosendo – O milionário Marinaldo Rosendo, candidato a deputado federal pelo PSB, tirou o pé do acelerador em relação aos acordos financeiros para obtenção de apoios. Viu que no ritmo que estava indo, seu mandato ia ser o mais caro do Brasil.
Augusto Coutinho – Buscando o segundo mandato na Câmara dos Deputados, o presidente do Solidariedade fechou inúmeras dobradinhas que podem garantir-lhe a vitória. Ele passou de candidato arriscado a degola a um dos favoritos na zona intermediária para se eleger.
Inocente quer saber – Armando Monteiro age corretamente ao judicializar a eleição?
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